A Previ, fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, reverteu o déficit acumulado de R$ 3 bilhões no Plano 1, registrado em maio, e encerrou o primeiro semestre com superávit de R$ 3,12 bilhões no plano. No semestre, a rentabilidade foi de 4,45% no ano.
Apesar da conjuntura econômica mais favorável, o Plano 1 teve resultado negativo nos meses de abril e maio, principalmente pela forte queda nas ações da Vale, um de seus principais investimentos. A mineradora vem sofrendo com o recuo no preço do minério de ferro e as incertezas sobre a economia chinesa.
Mesmo com a alta da bolsa nos últimos meses, o resultado da renda variável do Plano 1 segue impactado negativamente pela mineradora. O balanço da Vale no segundo trimestre mostrou queda de 78% no lucro líquido, na comparação anual, e de 51% na trimestral.
Por outro lado, outras participações importantes, como Neoenergia, Petrobras e Banco do Brasil, tiveram valorizações expressivas no segundo trimestre.
O plano Previ Futuro também se recuperou das perdas do início do ano. Todos os perfis superaram o atuarial do plano, de INPC + 4,75% a.a. (ou 5,03% no semestre), e o Ibovespa (valorização de 7,61% no ano). Entre os perfis com maior valorização, o destaque fica para o Conservador, que encerra o semestre com rentabilidade de quase 10%.
O Plano 1 tem R$ 225 bilhões em investimentos, e o Previ Futuro, mais novo, está se aproximando de R$ 30 bilhões. Os dois foram beneficiados pelos sinais de recuperação da economia.
Os principais fatores de impacto foram a divulgação do PIB do primeiro trimestre, que indicou aquecimento da atividade econômica, e a redução do preço dos combustíveis, que favoreceu a queda da inflação.
A aprovação do novo arcabouço fiscal e o avanço da reforma tributária, aprovada pela Câmara e que agora tramita no Senado, também impactaram de forma favorável a bolsa no Brasil.
Por Juliana Garçon
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