A plataforma flutuante Anna Nery produziu o seu primeiro óleo neste domingo, 7, no campo de Marlim, na bacia de Campos, informou em vídeo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Ele destacou a importância da revitalização do campo de Marlim, onde será possível extrair mais de 50% do óleo originalmente in situ (no local).
Além da FPSO Anna Nery, embarcação que produz, armazena e transfere petróleo, mais duas FPSOs serão instaladas no campo para interligar 100 poços nos próximos cinco anos. A previsão é alcançar, em 2027, um volume de 900 mil barris de óleo equivalente (boed) na bacia de Campos, com a entrada em produção de três novos sistemas e investimento em projetos complementares em plataformas existentes. Esse volume representa cerca de três vezes a produção que a Petrobras atingiria se não tivesse investido nas novas plataformas e nos sistemas existentes.
O investimento também deve acrescentar um volume de 20 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) às reservas da empresa até 2030, sendo 5 bilhões de boe decorrentes dos ativos operados pela Petrobras nesta bacia.
“A revitalização da bacia de Campos é um projeto fundamental do Plano Estratégico da Petrobras, com previsão de investimentos de US$ 18 bilhões nos próximos anos. São dois novos FPSOs como essa substituindo 10 unidades”, disse Prates em vídeo. A próxima FPSO a ser instalada no campo de Marlim será Anita Garibaldi, que junto com a FPSO Anna Nery irão produzir 150 mil barris de petróleo por dia, a partir do segundo semestre deste ano.
As duas plataformas integram o programa da Petrobras de revitalização da bacia de Campos, maior projeto de revitalização da indústria offshore mundial, segundo a estatal. A região, descoberta na década de 1980, já foi a principal bacia produtora do País, mas perdeu espaço para os gigantes reservatórios do pré-sal, cuja descoberta coincidiu com o início do declínio da produção da bacia.
“A história e o sucesso do campo de Marlim se confundem com a história de sucesso da Petrobras em águas profundas e ultraprofundas. Uma escola para tudo que veio depois. Fazer esta revitalização, com as dificuldades que tivemos, é motivo de muito orgulho”, finalizou Prates, que completou 100 dias de gestão na estatal.
Por Denise Luna
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