O Santander Brasil registrou lucro líquido gerencial (que desconsidera o ágio de aquisições) de R$ 2,140 bilhões no primeiro trimestre deste ano, de acordo com números publicados nesta terça-feira, 25. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve queda de 46,6%, enquanto na comparação com o quarto trimestre de 2022, a variação foi positiva em 26,7%.
No trimestre, o banco teve novamente uma pressão sobre as margens, diante da alta da taxa Selic e migração da carteira de crédito para linhas mais conservadoras. A provisão para possíveis perdas com inadimplência também voltou a pesar, e o conglomerado separou recursos adicionais.
A margem financeira bruta do banco, que reflete os ganhos com operações que rendem juros, foi de R$ 13,145 bilhões, baixa de 5,7% em um ano. Nas margens com clientes, o resultado foi de R$ 14,315 bilhões, crescimento de 3,3% no comparativo anual, e de 3,9% em três meses.
Nesta linha, estão contabilizados os resultados com operações de crédito. O crescimento foi inferior ao da carteira ampliada, que atingiu R$ 586,353 bilhões, em uma alta de 12,3%, o que indica uma contração nas margens.
“Começamos 2023 com foco em fortalecer nosso balanço”, afirma o CEO do Santander Brasil, Mario Leão, no informe de resultados. “Nossa seletividade nas concessões, que temos adotado desde o final do quarto trimestre de 2021, prioriza produtos garantidos e consumidores com avaliação de crédito mais alta, permitindo um balanço de maior qualidade.”
Na tesouraria, o Santander teve perda de R$ 1,170 bilhão, revertendo o ganho de R$ 84 milhões registrado um ano antes. O banco destaca, por outro lado, que o prejuízo foi 7,5% menor que o do quarto trimestre de 2022.
O Santander Brasil encerrou março deste ano com R$ 1,048 trilhão em ativos totais, número que representa alta 9,3% em um ano. No comparativo com o quarto trimestre de 2022, a variação foi positiva em 0,1%.
O patrimônio líquido, por sua vez, aumentou 4,7% em um ano, para R$ 81,445 bilhões, de acordo com o banco.
Como resultado, o retorno sobre o patrimônio líquido do Santander caiu 10,1 pontos porcentuais em um ano, para 10,6%. Em relação ao quarto trimestre de 2022, houve alta de 2,2 p.p., diante do lucro mais elevado e de provisões menores contra a inadimplência.
Por Matheus Piovesana
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