A Winity, que arrematou um dos lotes do leilão de 5G, tem procurado oferecer sua infraestrutura de telecomunicações para diversas operadoras, principalmente de atuação regional. Para além do contrato que pretende firmar com a Vivo, a empresa já tem memorandos de entendimento firmados com cerca de dez operadoras – tanto as grandes companhias, como TIM e Claro -, quanto empresas regionais.
A operadora não comenta o assunto, por se tratar de negociações privadas.
Segundo apurou a reportagem, há expectativa de que algumas parcerias sejam conhecidas neste primeiro semestre.
Por meio da parceria com a Vivo, a Winity prevê a instalação de 3,5 mil torres para cobrir 1,6 mil municípios, mas seu plano interno tem a ambição de chegar a 19 mil torres.
Hoje, cerca de 80% do território nacional não está coberto com a tecnologia 5G. O plano da empresa é, justamente, explorar o potencial de comunicação nessas áreas.
O que as empresas dizem
A Winity afirmou, por meio de nota, que “o acordo firmado com a Vivo está em processo de análise pelo Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)” e que “não teve acesso aos documentos referentes às análises técnicas, que seguem restritos à Agência”.
A empresa declarou que “trabalha para cumprir todas as obrigações estabelecidas no edital e que segue comprometida com a missão de construir infraestrutura de telecomunicações que levará conectividade a 55 mil quilômetros de rodovias e 625 localidades, beneficiando 6,2 milhões de pessoas nas regiões mais remotas do Brasil e 7,8 milhões de veículos que, diariamente, trafegam pelas rodovias federais sem cobertura”.
Segundo a operadora, “seu modelo de atacado é totalmente pró-competitivo e visa a parcerias com todos os players do mercado para atender à população ainda desconectada, prezando pela inclusão e democratização digital dos brasileiros”.
A Vivo afirmou que “a transação com a Winity está sujeita a anuência prévia da Anatel e aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)” e que todos os esclarecimentos vêm sendo prestados a esses órgãos. “A Vivo está segura de que a operação tem total aderência às regras do edital e à regulamentação vigente”, informou.
A Anatel não comenta o assunto, por estar ainda sujeito à deliberação de sua diretoria colegiada. O Cade também afirmou que não comenta casos em andamento.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por André Borges
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