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B3: lucro líquido recorrente soma R$ 1,15 bi no 4º trimestre, queda de 6,3%

A B3 reportou lucro líquido recorrente de R$ 1,15 bilhão no quarto trimestre de 2022, queda de 6,3% em comparação ao mesmo intervalo de 2021 e estável frente ao terceiro trimestre. O lucro líquido recorrente excluindo Neoway foi de R$ 1,17 bilhão, representando uma queda de 4,9% frente ao mesmo trimestre de 2021 e de 0,3% frente ao terceiro trimestre. O lucro líquido atribuído aos acionistas da B3 atingiu R$ 1 bilhão, uma queda de 8% em 12 meses e de 2,5% em relação ao terceiro trimestre.

No ano passado, a B3 registrou lucro líquido de 4,22 bilhões, 10,4% abaixo do ano de 2021.

O Ebitda recorrente somou R$ 1,626 bilhão no quarto trimestre do ano passado, queda de 1,7% frente ao quarto trimestre de 2021 e de 2,7% em relação ao terceiro trimestre. A margem Ebtida caiu de 75,9% no quarto trimestre de 2021 para 70,5% neste último trimestre.

As receitas totais somavam R$ 2,6 bilhões, 5,6% acima do quarto trimestre do ano de 2021 e 2,3% acima do terceiro trimestre. Segundo o release de resultado, a alta foi puxada, principalmente, pelo aumento na receita dos segmentos Balcão e Tecnologia, dados e serviços.

No mercado de balcão, as receitas cresceram 15,8% em 12 meses para R$ 347,7 milhões, representando 13,5% do total. Em tecnologia, dados e serviços, as receitas subiram 26% para R$ 468,3 milhões (18,2% do total).

O segmento listado continua sendo, porém, a maior contribuição para as receitas, representando 63,9% do total. Neste segmento, as receitas somara R$ 1,64 bilhão, queda de 0,2% em 12 meses.

Também caíram as receitas com Infraestrutura para financiamento, em 2,7% para R$ 111 milhões (4,3% do total), em razão da queda na receita com serviços para o setor imobiliário, parcialmente compensada pela correção anual dos preços pela inflação (IPCA), explica a bolsa.

O resultado financeiro ficou positivo em R$ 48,6 milhões no quarto trimestre, queda de 43,9% frente ao mesmo trimestre de 2021. As receitas financeiras atingiram R$ 426 milhões, aumento de 6,2%, explicado pelo aumento na taxa de juros, compensando o menor saldo médio em caixa. As despesas financeiras, por sua vez, somaram R$ 396,7 milhões, aumento de 33,2%, explicado principalmente pelo aumento da taxa de juros.

Por Cynthia Decloedt

Estadão Conteúdo

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