O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou nesta quarta-feira, 18, que pretende elevar para 40% a participação do modal ferroviário na matriz logística até 2035. Hoje, as ferrovias correspondem a menos de 20% da matriz.
Ele apontou que a evolução do modal ferroviário irá modernizar a logística, aumentar a competitividade e a sustentabilidade socioambiental, além de dar mais segurança às rodovias.
A declaração foi dada em coletiva de anúncio sobre o plano de trabalho dos primeiros 100 dias da pasta, que inclui obras em ferrovias e abertura de estudos para novos projetos.
Ferrogrão e Fiol
O ministro dos Transportes elencou para o plano de 100 dias da pasta uma série de medidas focadas no setor ferroviário, envolvendo os projetos da Ferrogrão e das ferrovias de Integração Oeste-Leste (Fiol) – que já teve um segmento leiloado – e de Integração Centro-Oeste (Fico).
Ele antecipou que o plano do ministério é fazer uma concessão ‘pura’ para viabilizar o corredor Fico-Fiol, que deve englobar o trecho 2 da Fiol, além da possibilidade de o trecho 3 também ser incluído na concessão.
Renan Filho não prevê a necessidade de novos recursos do orçamento a serem aplicados nessas ferrovias antes da concessão. Por ora, a expectativa é a de que o ministério publique em abril o edital para o remanescente de obras do lote 7F da Fiol 2, a partir dos investimentos cruzados – garantidos com as renovações antecipadas de contratos.
A avaliação do ministro é a de que, com obras chegando a 65% do traçado 2 da Fiol, já haveria condições para licitar o corredor. “Isso também já levantaria condições para investimentos a Fiol 3, com 100% privado”, explicou Renan Filho.
O ministro dos Transportes também prevê que, até abril, a pasta feche a contratação da 3ª etapa de adequação do Ramal Ferroviário em Barra Mansa, no Rio, além de fazer visitas técnicas aos trechos 1 e 2 da Fiol, a Ferrovia Norte Sul, Fico e Transnordestina.
Por Amanda Pupo e Marlla Sabino
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