O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu um programa de financiamento das exportações, com o objetivo de recuperar espaços nos mercados internacionais perdidos para a China. Ao participar nesta segunda-feira, 16, de reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Alckmin observou que o Brasil perdeu presença no mercado argentino, um dos principais destinos dos produtos manufaturados, porque a China financia importadores do país vizinho.
Ao lembrar que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi vinculado à sua pasta, o vice-presidente e ministro da Indústria disse defender um programa para financiar as exportações.
Alckmin também pediu para os empresários da indústria enviarem propostas para desburocratização dos negócios, outra frente na qual o seu ministério pretende atacar.
Numa tentativa de tranquilizar os empresários, Alckmin transmitiu na reunião a mensagem de que o presidente Lula pode aprimorar, mas não vai revogar nem reforma trabalhista nem reforma da Previdência.
Pautas da Fiesp
Antes das declarações de Alckmin, o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, abriu a reunião apontando a pesada carga tributária e o custo de capital “altíssimo” entre os entraves à modernização da indústria de transformação.
Josué destacou que a escolha de Alckmin para o comando do MDIC demonstra importância dada pelo novo governo à reindustrialização do País. “A indústria de transformação pode surpreender o Brasil se as condições adequadas forem oferecidas”, disse o presidente da Fiesp.
Por Eduardo Laguna
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