O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), fez uma defesa nesta quarta-feira, 4, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que ficará sob o guarda-chuva de sua pasta. “O MDIC traz BNDES para perto, o que representa um enorme avanço. Saúdo Mercadante, que estará à frente do nosso banco de desenvolvimento, com grande equipe de larga experiência”, disse no primeiro discurso depois que tomou posse, citando o ex-ministro Aloizio Mercadante, indicado para presidir o banco de fomento.
De acordo com o vice-presidente e ministro, o Banco será vital para implementar políticas estruturais do desenvolvimento. “É fundamental fortalecer o BNDES como alavanca do desenvolvimento, dinamizando a indústria e exportações de maior valor agregado. O MDIC seu primeiro apoiador”, afirmou em cerimônia no Palácio do PLanalto.
Alckmin também destacou o primeiro decreto que cria o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que promoverá o diálogo tanto no setor público quanto no privado em matéria de política industrial. “A política necessita de apoio de alto nível para que órgãos de implementação tenham autoridade para cobrar resultados e contrapartidas”, comentou. Ele também enfatizou que é preciso reduzir o custo Brasil e melhorar o ambiente de negócios no País. “A reforma tributária, nesse contexto, é fundamental”, afirmou.
O vice-presidente lembrou que, durante a campanha eleitoral, percorreu várias cidades do interior de São Paulo, como Sumaré, Bebedouro e que, em todas, ouviu pedidos de simplificação tributária. “A política industrial contemporânea passa pela digitalização e a sustentabilidade, a inovação e a produtividade. Há muito a ser feito, porque muito deixou de ser realizado no tempo certo”, comparou em nova crítica indireta ao governo de Jair Bolsonaro.
Juros
Alckmin afirmou ainda que o BNDES fará um esforço para reduzir os juros dos empréstimos. “O BNDES é o instrumento importante para atrair investimento e aumentar exportações e fará esforço para reduzir os juros. Vamos conquistar novos mercados com acordos internacionais e o BNDES vai apoiar os investimentos. Precisamos de juros menores para todos, mas temos que estimular investimentos”, disse.
Questionado pela reportagem sobre como se dará a queda de juros, Mercadante, se esquivou e jogou a questão para Alckmin. “É com ele, é com ele”, limitou-se a responder Mercadante.
Segundo Alckmin a questão dos juros do BNDES é um dos itens da agenda de competitividade, que possui várias medidas e ações.
Segundo ele, o custo de capital é um dos itens que precisa ser debatido para tirar condições para a redução das taxas.
Por Antonio Temoteo, Célia Froufe, Eduardo Gayer, Eduardo Rodrigues e Matheus Piovesana
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