A mediana apurada no Relatório Focus para o IPCA, o índice de inflação oficial, de 2022 marcou a sexta semana consecutiva acima do teto da meta (5,00%), apontando para o segundo ano seguido de rompimento do objetivo a ser perseguido pelo Banco Central (BC). A projeção continuou em 5,03%, contra 5,00% do teto da meta deste ano. Há um mês, a previsão era de 5,02%.
Isso ocorreu mesmo com a desaceleração da estimativa para 2021, que voltou a indicar um resultado aquém de dois dígitos para o ano passado, cuja taxa será conhecida nesta terça-feira (11). A mediana passou de 10,01% para 9,99%, mas ainda fica muito distante da banda superior do objetivo inflacionário de 2021 (5,25%) e também é a maior variação dos preços desde 2015 (10,67%). A estimativa era de 10,05% há quatro semanas.
Considerando as 61 atualizações nos últimos cinco dias, a estimativa para 2022 subiu de 4,97% para 5,04%. Para 2021, houve 63 atualizações, com a mediana variando de 9,96% para 9,98%.
Em prazos mais longos, a expectativa para o IPCA em 2023 passou de 3,41% para 3,36%, enquanto, para 2024, a mediana continuou em 3,00%.
Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,46% e 3,09%, respectivamente. A meta para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%). Já para 2024 o objetivo é de 3,00%, com margem de 1,5 ponto (de 1,5% para 4,5%).
No comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) de dezembro, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 10,2% em 2021, 4,7% em 2022 e 3,2% em 2023. O colegiado elevou a Selic em 1,5 ponto porcentual, para 9,25% ao ano.
Outros meses
Os economistas do mercado financeiro reduziram a previsão para o IPCA em dezembro de 2021, 0,68% para 0,67%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Um mês antes, o porcentual projetado era de 0,72%.
Para janeiro, a projeção no Focus passou de alta de 0,47% para 0,45%, de 0,54% há quatro semanas. Já para o IPCA de fevereiro de 2022, a projeção subiu de 0,71% para 0,75%. Há um mês, estava em 0,69%
A inflação suavizada para os próximos 12 meses passou de alta de 5,07% para 5,04% de uma semana para outra – há um mês, estava em 5,21%.
Por Thaís Barcellos
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