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Taxas do Tesouro Direto sobem com exterior e fiscal no radar

O clima no exterior favorece a alta do dólar, enquanto o risco fiscal impulsiona a alta dos juros futuros (Foto: Shutterstock)

As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto subiam nesta terça-feira (4), acompanhando a alta do dólar e dos juros futuros em meio ao fortalecimento das apostas na antecipação do início da alta dos juros nos Estados Unidos.

Projetando que o impacto da variante Ômicron do coronavírus sobre a economia global deve ser menor do que o inicialmente esperado, investidores aumentam as apostas na possibilidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) antecipar o início da alta dos juros para março deste ano. Assim, os rendimentos dos Treasuries, títulos públicos norte-americanos, avançam, dando fôlego para a alta do dólar ante moedas de nações desenvolvidas e emergentes, dentre as quais, o real.

No cenário doméstico, pesa a incerteza com relação à trajetória fiscal brasileira, em meio aos protestos de servidores públicos reivindicando aumentos salariais e após o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP), ter declarado que é necessário repensar o teto de gastos, tendo em vista a alta arrecadação de impostos e a situação de calamidade na Bahia. A fala do deputado reforça a sensação de aversão ao risco no mercado doméstico, uma vez que os investidores temem o aumento do gasto público durante o ano eleitoral.

Além disso, o Tesouro Nacional realiza nesta terça-feira o primeiro leilão de títulos públicos do ano.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 subia a 11,04% ao ano, de 11,00% na segunda-feira (3). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia rentabilidade anual de 10,87%, ante 10,79% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 5,11%, ante taxa de IPCA mais 5,08% observada na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 subia a IPCA mais 5,26%, de IPCA mais 5,25% no último fechamento.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta terça-feira:

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