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Taxas do Tesouro Direto têm viés de baixa após aprovação do Orçamento de 2022

O alívio cambial abre caminho para o recuo das taxas do Tesouro Direto (Foto: Shutterstock)

As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto tinham viés de baixa nesta quarta-feira (22), acompanhando a valorização do real frente ao dólar, enquanto os juros futuros operavam sem tendência definida.

No cenário doméstico, repercute a aprovação, na véspera, do Orçamento de 2022 no Congresso, o que promete trazer mais tranquilidade aos mercados brasileiros nos últimos dias do ano. Ainda assim, o texto trouxe pontos polêmicos, que dão força à perspectiva de deterioração da situação fiscal brasileira, como o fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões e o reajuste de salário concedido aos policiais federais, com custo de R$ 1,7 bilhão.

Outro trecho polêmico do texto é a destinação de R$ 16,5 bilhões para as chamadas emendas de relator, verba apelidada de “orçamento secreto” pela pouca transparência nos gastos.

No exterior, o recuo do dólar se dá apesar da liquidez global reduzida na semana do Natal. Investidores avaliam o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no terceiro trimestre, que cresceu 2,3%, ligeiramente acima das projeções, e veem com bons olhos as notícias que indicam que novos lockdowns não devem ser necessários para conter a disseminação da variante Ômicron no país.

Além disso, o Banco Central realiza nesta manhã um leilão de até 14 mil contratos de swap cambial, no valor de US$ 700 milhões, contribuindo para a alta do real ante o dólar.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 recuava a 10,61% ao ano, de 10,64% na terça-feira (21). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia rentabilidade anual de 10,39%, ante 10,41% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 4,98%, ante taxa de IPCA mais 5,02% observada na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 recuava a IPCA mais 5,12%, de IPCA mais 5,13% no último fechamento.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta quarta-feira:

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