As taxas de juros negociadas no mercado futuro oscilam perto da estabilidade nos negócios desta manhã, todas próximas dos ajustes de ontem. A agenda econômica doméstica é escassa e o ambiente externo é mais tranquilo, embora haja instabilidade no mercado de títulos norte-americano.
Internamente, a expectativa é pelo início dos trabalhos da Comissão Mista de Orçamento (CMO), que poderá votar a peça orçamentária do ano que vem ainda hoje. A aprovação da peça orçamentária, cujo relatório foi apresentado ontem, ainda depende da solução de impasses, como o do reajuste aos policiais, prometido pelo presidente Jair Bolsonaro.
“Entendemos que o tom dos investidores deverá ser de cautela, pois há dúvidas cercando o tema. Por exemplo, em meio às dificuldades eleitorais do governo federal, não é possível descartar a aprovação de medidas que ampliem os gastos públicos, em meio à forte pressão do presidente Bolsonaro pelo reajuste salarial de policiais federais”, afirma em relatório o Departamento de Economia da Renascença Corretora.
No exterior, a manhã é de restauro do apetite por risco, em ajuste às fortes perdas da véspera, ainda que os temores com os riscos da Ômicron sigam no radar.
Às 10h37, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2023 tinha taxa de 11,49%, ante 11,54% do ajuste de ontem.
O DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 10,52%, contra 10,50% do ajuste anterior. Na ponta mais longa da curva, a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,46%, mesmo porcentual do ajuste de segunda-feira.
Por Paula Dias
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