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Taxas do Tesouro Direto caem com varejo fraco e acordo sobre PEC

Os investidores também esperam por uma decisão do Copom sem grandes surpresas (Foto: Shutterbug75/Pixabay)

As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto recuavam nesta quarta-feira (8), de olho no acordo para a promulgação da PEC dos Precatórios e no resultado mais fraco do que o esperado para o varejo em outubro.

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), chegaram na terça-feira (7) a um acordo sobre a PEC dos Precatórios, colocando fim a um impasse que trouxe instabilidade para os mercados nos últimos dias. O acordo prevê o fatiamento da proposta, com a promulgação dos dispositivos já aprovados pelas duas casas prevista para esta quarta-feira. Dentre as medidas que devem entrar em vigor, destacam-se a mudança da regra de cálculo do teto de gastos e o parcelamento das contribuições previdenciárias dos municípios.

Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que as vendas do comércio varejista caíram 0,1% em outubro ante setembro, abaixo da mediana das projeções, que indicava alta de 0,6%. O resultado intensificou o movimento de queda dos juros futuros, e reforçou as apostas em uma alta da taxa Selic de até 1,5 ponto percentual após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de hoje. Caso as projeções se confirmem, a Selic terminará 2021 em 9,25% ao ano.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 caía a 10,92% ao ano, de 11,05% na terça-feira (7). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia rentabilidade anual de 10,78%, ante 10,88% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 4,92%, ante taxa de IPCA mais 4,96% observada na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 caía a IPCA mais 5,14%, de IPCA mais 5,15% no último fechamento.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta quarta-feira:

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