O País registrou uma necessidade de financiamento de R$ 6,6 bilhões no terceiro trimestre de 2021 ante uma capacidade de financiamento de R$ 7,8 bilhões no terceiro trimestre de 2020. Os dados são do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O saldo externo de bens e serviços saiu de R$ 52,7 bilhões no terceiro trimestre de 2020 para R$ 51,6 bilhões no terceiro trimestre de 2021, uma redução de R$ 1,2 bilhão.
Já a renda líquida de propriedade enviada ao resto do mundo aumentou de R$ 49,2 bilhões no terceiro trimestre de 2020 para R$ 62,2 bilhões no terceiro trimestre de 2021, um crescimento de R$ 13,0 bilhões.
“Com a retomada da economia também aumentou o envio de lucros e dividendos pra fora (do País)”, justificou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
Taxa de poupança
A taxa de poupança do terceiro trimestre, que ficou em 18,6% do PIB, atingiu o maior nível para terceiros trimestres desde 2013, informou o IBGE. Naquele ano, a taxa de poupança tinha ficado em 19,0% do PIB.
Desde a recessão de 2014 a 2016, a taxa de poupança veio caindo, até 2019, quando ficou em 13,2% do PIB no terceiro trimestre, o menor nível para terceiros trimestres desde 2000.
Com a crise causada pela pandemia, houve uma reversão. Isso porque, por conta das medidas de restrição ao contato social, a maioria dos consumidores ficou impedida de consumir, especialmente serviços.
Parte dos gastos dos orçamentos familiares destinado aos serviços foi destinado a compras de bens, turbinando o comércio eletrônico, mas, especialmente no caso das famílias mais ricas, também sobrou dinheiro para poupar mais.
Por Daniela Amorim e Vinicius Neder
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