Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com – Com a identificação de uma nova cepa de coronavírus na África do Sul, os mercados estão preocupados se ela é ou não mais transmissível e qual será o grau de eficiência das vacinas existentes contra essa variante.
Ontem, 25, foram identificados 2.465 novos casos da doença no país africano, quando na véspera, 24, eram menos de 900 novos infectados. Para Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos, isso pode indicar que essa variante deve ser mais transmissível, apesar de que ainda não há dados suficientes para entender o comportamento dessa mutação do vírus.
Felipe Vella, analista técnico da Ativa Investimentos, comenta que a alta de casos pode gerar um aumento de demanda nos serviços hospitalares, mas é provável que os preços das empresas sejam contaminados pelo mau humor do mercado. Além disso, “o setor de saúde brasileiro não teria tanto um upside quanto o americano, porque os grandes laboratórios que produzem vacinas e remédios estão lá, enquanto nossas empresas de saúde costumam ser de convênios médicos, seguros ou hospitais”, explica o analista.
Por outro lado, Franchini afirma que se as vacinas forem eficazes contra essa nova cepa, então é possível que não haja tantas internações nos hospitais, uma vez que o Brasil tem um bom ritmo de vacinação. “Não é benéfico para o setor de saúde ter pessoas usando suas estruturas o tempo todo porque isso gera custo”, explica.
Às 15h04, as ações da Fleury (SA:FLRY3) caíam 5,86%, a R$ 17,84, as da Rede D’Or (SA:RDOR3) recuavam 0,52%, a R$ 51,73, as da Hapvida (SA:HAPV3) se desvalorizavam 4,32%, a R$ 11,74, e as da Notre Dame Intermédica (SA:GNDI3) caíam 5%, a R$ 65,15.
Já os papéis da Pague Menos (SA:PGMN3) recuavam 1,90%, a R$ 8,78. Enquanto as da Raia Drogasil (SA:RADL3) perdiam 2,13%, a R$ 23.
Matéria originalmente publicada em Investing.com
