Se o combate à corrupção dominou o debate das eleições em 2018, as propostas econômicas para melhorar a renda da população, aumentar o emprego e reduzir a pobreza deverão ser a tônica de 2022. Especialistas apontam o trinômio “desemprego, pandemia e inflação” como determinantes para a corrosão da renda dos brasileiros e do crescimento.
O debate se acelerou após o presidente Jair Bolsonaro bancar um benefício de R$ 400 para o novo programa social e acenar com outras benesses para ampliar sua popularidade. Mesmo contrário à vacinação contra a Covid-19, Bolsonaro aprovou o plano de imunizar toda a população adulta com uma dose de reforço em 2022. A estratégia seria apagar o “carimbo” de que o governo foi responsável pelo atraso na vacinação em 2021.
Enquanto Bolsonaro aposta no sucesso da distribuição de renda e projeta uma aceleração da geração de empregos, estrategistas econômicos ligados a outros possíveis presidenciáveis – Ciro Gomes, Eduardo Leite, João Doria e Lula – também traçam estratégias.
“Não tenho dúvida que a questão econômica vai ser central nas eleições: é o que está afetando a vida das pessoas. O poder de compra do brasileiro diminuiu a satisfação”, diz Bruno Soller, cientista político e sócio do Instituto Travessia, que ajuda a traçar estratégias de campanha. Segundo ele, o ponto chave será ver como as candidaturas conseguirão criar um projeto de regaste econômico do País que atinja diretamente a vida das pessoas.
Hoje líder nas pesquisas, o ex-presidente Lula está focando na desigualdade social, mas, segundo Soller, ele está “jogando parado”, pois não endereça os problemas econômicos criados durante o governo de Dilma Rousseff, entre 2011 e 2016.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Adriana Fernandes
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