Os Barômetros Globais Coincidente e Antecedente da Economia recuaram em novembro, mantendo a tendência de enfraquecimento iniciada no terceiro trimestre, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, 10. O Barômetro Econômico Global Coincidente recuou 2,1 pontos em novembro, para 106,6 pontos. O Barômetro Econômico Global Antecedente encolheu 2,8 pontos, para 96,6 pontos.
Todas as regiões pesquisadas tiveram desempenho negativo no mês, com exceção da Europa. De acordo com a FGV, o fim da maioria das restrições à mobilidade tem gerado um crescimento significativo de demanda por bens e serviços, mas em ritmo superior à oferta ao longo do período.
“Os resultados dessa combinação são aumentos de preços generalizados, e um crescimento da percepção que os problemas do complexo sistema das cadeias de ofertas de insumos globalizadas não serão resolvidos no curto prazo. O recuo do Barômetro Antecedente em novembro demonstra o desafio criado por esse contexto para um ritmo mais robusto de retomada da atividade econômica em todos os setores”, avalia Paulo Picchetti, pesquisador do Ibre/FGV.
O Barômetro Coincidente reflete o estado atual da atividade econômica. O Barômetro Antecedente emite um sinal cíclico cerca de seis meses à frente dos desenvolvimentos econômicos reais. Os dois indicadores são produzidos pelo Ibre/FGV em colaboração com o Instituto Econômico Suíço KOF da ETH Zurique.
No Barômetro Coincidente, todas as regiões contribuíram de forma negativa para o resultado do mês, com destaque para a Ásia, Pacífico e África. Todas as regiões ainda registram indicadores acima do nível médio histórico de 100 pontos. Quatro dos cinco indicadores setoriais monitorados recuaram em novembro, com queda mais acentuada na Indústria. A exceção foi o indicador de Serviços.
No Barômetro Antecedente, contribuíram de forma negativa as regiões da Ásia, Pacífico e África e o Hemisfério Ocidental. A Europa foi a única região a contribuir positivamente. Houve ainda queda em três dos cinco indicadores antecedentes setoriais em novembro, com indústria, comércio e construção em baixa. Serviços e o indicador que mede o estado geral da economia tiveram alta.
Por Bruno Villas Bôas
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