A Construtora Tenda apresentou lucro líquido consolidado de R$ 6,4 milhões no terceiro trimestre de 2021, o que representa queda de 90,9% em relação ao mesmo período de 2020.
O resultado consolidado abrange o lucro de R$ 16,6 milhões da Tenda, principal braço de negócios do grupo, voltado para a construção tradicional, e prejuízo de R$ 10,2 milhões da Alea, nova marca baseada em casas industrializadas.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado e consolidado somou R$ 48,6 milhões, recuo de 53,9% na mesma base de comparação anual.
A margem Ebitda ajustada caiu 9,4 pontos porcentuais, para 6,7%. Já a margem bruta ajustada baixou 10 pontos porcentuais, para 22,6% no 3tri21.
A receita líquida totalizou R$ 721,2 milhões, aumento de 10,2%.
Segundo a companhia, as revisões orçamentárias impactaram de forma importante a margem bruta do trimestre, em especial a margem das vendas antigas.
O resultado financeiro líquido gerou uma despesa de R$ 12 milhões, montante 77,6% maior que um ano antes.
A companhia teve consumo de caixa operacional de R$ 79 milhões. A Tenda consumiu R$ 68 milhões, sendo impactada pela antecipação de desembolsos. A Alea consumiu R$ 11 milhões.
A Tenda chegou ao fim de setembro com dívida líquida de R$ 298 milhões, revertendo a posição de caixa líquido negativo de R$ 250,7 milhões registrada um ano antes. A dívida bruta cresceu 16,3%, para R$ 1,339 bilhão, enquanto as disponibilidades de caixa diminuíram 25,7%, para R$ 1,041 bilhão.
Com isso, a alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) cresceu para 20% no terceiro trimestre, invertendo o sinal em relação a um ano antes, quando estava em -16,9%. A Tenda trabalha com uma projeção de alavancagem entre -10% e 10%.
Guidances
A Tenda anunciou também uma revisão de suas metas para 2021.
A empresa cortou a meta de margem bruta, revisada em agosto para 28% a 30%, passando agora para uma oscilação entre 26% e 28%.
A estimativa para vendas líquidas foi mantida entre o mínimo de R$ 3 bilhões milhões e o máximo de R$ 3,2 bilhões.
Por Camila Vech, especial para o Broadcast
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