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IFIX opera em queda após votação da PEC dos Precatórios

A perspectiva de juros altos em 2022 torna o mercado de fundos imobiliários menos atrativo no curto prazo (Foto: Shutterstock)

Índice de Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) da B3 operava em queda nesta quinta-feira (4), com investidores dando continuidade ao movimento de migração de capital dos ativos de renda variável para a renda fixa. Na quarta-feira (3), o índice fechou em queda de 0,31%, aos 2.665 pontos.

O mercado de fundos imobiliários vem sendo castigado pelos investidores desde o anúncio da intenção do governo federal de realizar alterações na regra do teto de gastos. Com o objetivo de viabilizar um Auxílio Brasil de R$ 400, foi incluído na PEC dos precatórios, que trata do parcelamento das dívidas judiciais da União, um trecho que altera a base de cálculo do teto. A PEC, aprovada ontem em primeiro turno na Câmara dos Deputados, abre um espaço de R$ 91,6 bilhões no Orçamento de 2022, suficiente para abrigar o novo programa social com folga, sinalizando que outros gastos devem ocorrer durante o ano eleitoral.

A proposta ainda precisa passar por uma sessão de apreciação dos destaques e pela votação em segundo turno, e a ala política do governo federal teme pela não aprovação do texto. Além disso, caso seja aprovada na Câmara, a PEC será encaminhada para o Senado, onde as propostas do Executivo têm enfrentado mais resistência. Ainda assim, discute-se a possibilidade de prorrogação do pagamento do auxílio emergencial caso não seja possível tirar do papel o aumento do valor do benefício pago pelo Auxílio Brasil, indicando que o governo está determinado a fornecer um benefício aos vulneráveis a qualquer custo.

A perspectiva de que o teto de gastos não será respeitado, seja por um meio, seja por outro, forçou o mercado a revisar suas projeções para a economia brasileira, e os investidores agora vislumbram para 2022 um cenário de inflação e juros mais altos. Diante da perspectiva de juros em alta e estagnação econômica, investidores com visão de curto prazo migram seu capital dos fundos imobiliários para ativos de renda fixa, que tendem a se beneficiar da taxa Selic mais alta.

Destaques

O Continental Square Faria Lima (FLMA11), fundo híbrido proprietário de parte de um edifício comercial situado em São Paulo, liderava as altas do IFIX, subindo 3,57%, aos R$ 134,59. O Capitânia Reit (CPFF11), fundo de fundos, vinha logo em seguida, com avanço de 1,2%, sendo negociado a R$ 77,34. A terceira maior valorização era do Pátria Edifícios Corporativos (PATC11), subindo 0,8%, sendo negociado a R$ 63,76.

Na outra ponta, a maior queda era do VBI Reits (RVBI11), fundo de fundos, que caía 2,41%, sendo negociado a R$ 83,00. A segunda maior desvalorização era do Tellus Properties (TEPP11), fundo de escritórios, que recuava 1,73%, sendo cotado a R$ 71,59. Por fim, a terceira maior queda era do XP Corporate Macaé (XPCM11), fundo proprietário de um imóvel corporativo localizado em Macaé, no Rio de Janeiro, que caía 1,52%, a R$ 21,07.

Ao fim da manhã, o IFIX recuava 0,17%, aos 2.660 pontos.

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