Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ações da Apple (NASDAQ:AAPL) eram negociadas em queda de 2,3% por volta das 14h25 (horário de Brasília) de sexta-feira, após o alerta da empresa sobre desafios ainda mais graves na cadeia de fornecimento durante a movimentada época de festas de fim de ano, na sequência de um impacto de US$ 6 bilhões nas vendas nos trimestre findo em setembro.
No Brasil, os BDRs da fabricante do iPhone (SA:AAPL34) tinham baixa de 1,3%.
A empresa mais valiosa do mundo tinha conseguido manter à distância os problemas de escassez de semicondutores e gargalos na cadeia de fornecimento, questões que afetam praticamente todos os fabricantes de automóveis e dispositivos, por muito tempo. Mas eles finalmente chegaram para impactar a empresa. As vendas de modelos mais antigos, bem como dos novos iPhones, Macs, relógios e iPads lançados no início deste ano, não conseguiram chegar aos clientes a tempo. Pediu-se aos compradores que esperassem de 3 a 4 semanas para pôr as mãos em seus novos dispositivos.
A receita da empresa no quarto trimestre, de US$ 83,36 bilhões, ficou abaixo das expectativas, um raro evento para a empresa. O lucro líquido aumentou 62% para US$ 20,55 e superou as expectativas. O lucro foi maior em parte porque a empresa conseguiu manter as despesas operacionais em xeque.
As vendas de iPhones subiram cerca de 14%, para US$ 38,86 bilhões.
Tim Cook, CEO da Apple, disse à Reuters que a falta de chips se manteve e agora afeta a “maioria dos nossos produtos”.
O segmento de acessórios, composto pelos fones de ouvido sem fio AirPods e relógios, cresceu mais de 11%, para US$ 8,8 bilhões. Os acessórios são uma área de crescimento fundamental para a empresa, em sua tentativa de ampliar seu portfólio. A empresa ainda depende do iPhone para cerca de 47% das receitas.
A receita de iPhones e acessórios foram inferiores às expectativas, segundo analistas entrevistados pela Reuters.
As vendas de iPads e Macs foram de US$ 8,3 bilhões e US$ 9,2 bilhões, respectivamente.
O segmento de serviços da empresa — um projeto em andamento para a companhia famosa por seus dispositivos — apresentou vendas de US$ 18,3 bilhões, aumento de 26%. Inclui a App Store e a Apple Music.
Matéria originalmente publicada em Investing.com