Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com – A AmBev entregou resultados no trimestre com forte crescimento de receita, mas o câmbio e os preços altos das commodities pressionaram as margens, segundo a XP (NASDAQ:XP). O aumento de 7,7% em relação ao 3T20 nos volumes consolidados também é positivo, ainda mais considerando a base difícil de comparação, afirma o relatório da corretora.
A desvalorização do real e os preços das commodities impediram que as margens operacionais da Ambev (SA:ABEV3) crescessem junto com a receita, mas para a XP, comparando com outros players, a empresa ainda está melhor posicionada para uma recuperação do setor através de inovação comercial e melhor portfólio.
No lado comercial, as inovações responderam por mais de 20% da receita e o seu portfólio premium subiu dois dígitos. As plataformas digitais também continuam crescendo, com o BEES já sendo usado por 85% da base de clientes ativos da AmBev, e o Zé Delivery atendendo a mais de 15 milhões de pedidos no 3T21.
Para o BTG Pactual (SA:BPAC11), o desempenho das receitas da Ambev é resultado da sua ampliação no mercado brasileiro, especialmente no segmento de cervejas, que cresceu 7,5% no comparativo com o 3T20. Olhando para a América Latina, a inflação e a conversão cambial favorável na Argentina impulsionou o Ebitda na região, onde os volumes subiram 11%.
Porém, para o Bank of America Corp (NYSE:BAC) (SA:BOAC34) (BofA), mesmo que o cenário de curto prazo para a demanda seja construtivo, há uma deterioração do ambiente de consumo em 2022 e a concorrência provavelmente aumentará no Brasil, com novos concorrentes entrando em operação nos próximos anos. Além disso, a previsão é que a volatilidade cambial e os altos custos permaneçam prejudicando a empresa.
Matéria originalmente publicada em Investing.com