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Petróleo sobe para máxima plurianual; Goldman o vê acima de US$ 90 por barril

Preço do petróleo mais do que dobrou nos últimos 12 meses (Foto: Jan-Rune Smenes Reite/Pexels)

Por Peter Nurse   

Investing.com — Os preços do petróleo subiam na segunda-feira, alcançando novas máximas plurianuais após os principais produtores do mundo incrementarem apenas de forma gradual a oferta global, apesar do crescimento da demanda por combustíveis à medida que as economias de recuperam da desaceleração causada pela pandemia.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), os futuros do petróleo WTI apresentavam alta de 0,02%, a US$ 83,80 por barril, depois de terem superado os US$ 85 pela primeira vez desde outubro de 2014. Os futuros do Brent tinham aumento de 0,5%, com o barril a US$ 85,05, pouco abaixo do seu preço mais alto desde outubro de 2018.

Os futuros da gasolina RBOB dos EUA apresentavam avanço de 1,2%, a US$ 2,4454 por galão.

O preço do petróleo mais do que dobrou nos últimos 12 meses, com a recuperação da economia global após as interferências causadas pela pandemia de Covid-19, com as restrições à mobilidade sendo gradualmente levantadas. Ao mesmo tempo, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, grupo conhecido como Opep+, têm sido muito cautelosos em incrementar a oferta ao mercado global após fortes cortes na produção durante as fases iniciais da pandemia.

O Ministro da Energia da Arábia Saudita, Príncipe Abdulaziz bin Salman, indicou na Bloomberg Television, na segunda-feira, que a Opep+ deve manter a sua abordagem cautelosa, dada a ameaça que a pandemia ainda representa para a demanda.

A recuperação da demanda global de petróleo pode forçar os preços do petróleo Brent acima da previsão do Goldman Sachs (NYSE:GS) para o fim do ano, de US$ 90 por barril, afirmou o banco de investimento dos EUA num relatório de pesquisa no fim de semana, ajudado pela recuperação do consumo na Ásia após a recente onda de Covid-19 causada pela variante delta.

Os preços do petróleo também foram alavancados por preocupações sobre a falta de carvão e gás na China, Índia e Europa, que tem estimulado uma mudança de combustível para o diesel e o óleo combustível no limitado número de lugares onde isso é plausível.

Soma-se ao tom positivo o fato de que o número de plataformas de petróleo e gás natural dos EUA teve sua primeira redução em sete semanas na semana passada, como divulgado pela empresa de serviços energéticos Baker Hughes na sexta-feira, sugerindo que a oferta seguirá limitada neste importante mercado.

As posições líquidas longas dos futuros e opções de petróleo dos EUA também subiram na semana encerrada em 19 de outubro, segundo o anúncio da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA na sexta-feira, indicando que os gestores de caixa continuam confiantes quanto ao momento de alta do mercado.

Matéria originalmente publicada em Investing.com