Mercados

Bitcoin supera US$ 66 mil e atinge nova máxima histórica na estreia de ETF

O Bitcoin (BTC) alcançou uma nova máxima histórica nesta quarta-feira (20), após o sucesso da estreia do primeiro fundo de índice baseado em contratos futuros da maior criptomoeda do mercado, o Proshares Bitcoin Strategy ETF (BITO). O fundo movimentou US$ 1 bilhão em seu primeiro dia na Bolsa de Nova York.

Com o otimismo com o novo ETF, visto como um passo importante na consolidação do mercado de criptoativos, o Bitcoin chegou a ser cotado a US$ 66.930, superando a máxima de US$ 64.863 registrada no dia 14 de abril deste ano.

Além do BTC, outros ativos se valorizavam, com destaque para o Ethereum (ETH), que superou a marca de US$ 4 mil.

Especialistas repercutem os motivos da alta

Apesar da estreia do fundo ser apontada como o principal motivo para a alta, uma série de fatores observados nos últimos meses contribuiu para a retomada do Bitcoin. Após passar por fortes correções em meio à discussão sobre o alto gasto energético para a mineração de criptomoedas, além da campanha do governo chinês contra essa classe de ativos, o Bitcoin voltou a ganhar força conforme notícias favoráveis passaram a inspirar confiança nos investidores novamente.

Ricardo Dantas, co-CEO da corretora de criptoativos Foxbit, avalia que a proibição da mineração de criptomoedas na China, ao contrário do que muitos esperavam, foi um fator positivo, reduzindo a preocupação com o uso de energia suja no processo, além de afastar o risco de novas investidas regulatórias do governo chinês. É importante destacar que a China era o maior polo de mineração de ativos digitais do mundo antes da proibição, posto que passou a ser ocupado pelos Estados Unidos.

Além disso, Dantas vê com bons olhos a adoção do Bitcoin como moeda oficial por El Salvador, experiência que deve trazer lições importantes para o mercado de criptoativos.

Para Vinicius Frias, CEO da fintech Alter e diretor da Méliuz (CASH3), o Bitcoin se beneficia principalmente do crescimento da adoção do ativo pelo mercado institucional, em parte “por ser um ativo contra a expansão monetária que atinge o mundo desde o início da pandemia”.

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João Marinho

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