A Flytour, uma das maiores empresas do setor de turismo do País, foi vendida após meses de negociação. A Belvitur, de Minas Gerais, que vinha negociando o controle da empresa nos últimos seis meses, fechou o negócio na última terça-feira, 19. A negociação foi concluída em meio à expectativa de recuperação do setor de turismo, um dos mais afetados pela pandemia de covid-19.
No total, entre pagamento de dívidas, investimentos e compra pelo controle, o empresário Marcelo Cohen – dono da Belvitur – vai desembolsar R$ 500 milhões. Segundo ele, as dívidas em torno de R$ 142 milhões já foram negociadas e a empresa vai entrar em um novo momento.
“A companhia já vinha se recuperando e só no último mês cresceu 30%. Ganhamos 130 contas somente no último ano” diz ele. O fundador da empresa, Elói D’Ávila, um ex-engraxate que criou uma empresa bilionária, continuará na empresa como conselheiro e braço direito do novo CEO.
Caixa em baixa
A Flytour vinha de um período complicado, assim como todo o setor. Com as vendas paralisadas e com muitos compromissos assumidos, o caixa da empresa foi se deteriorando, assim como o seu faturamento. Em 2019, a companhia teve vendas que somaram R$ 6 bilhões. Para este ano, segundo Cohen, a meta é chegar a R$ 3 bilhões.
O que também chama a atenção é que a compra será feita por uma empresa bem menor do que a própria Flytour.
A Belvitur é uma empresa que teve R$ 800 milhões em vendas antes da pandemia. No ano passado, também viu as suas vendas despencarem para um patamar de R$ 335 milhões.
Para esse ano, estima Cohen, a meta é tentar voltar para a casa dos R$ 600 milhões, sem contar com a Flytour.
Ao comprar a terceira maior empresa de turismo da América Latina, Cohen enxerga uma abertura de capital próxima. “Queremos estrear na Bolsa”, diz.
Por André Jankavski
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