A Danone informou nesta terça-feira, (19), que registrou receita de 6,158 bilhões de euros (cerca de US$ 7,18 bilhões) com as vendas do terceiro trimestre deste ano. Em uma base comparável, as vendas da empresa francesa do setor de laticínios subiram 5,8% ante o reportado em 2020, de 5,821 bilhões de euros. O resultado veio acima das expectativas de analistas, que esperavam vendas em 6,06 bilhões de euros.
No segmento de Leite à Base de Plantas Essenciais (EDP), as vendas líquidas cresceram 5,2% no terceiro trimestre do ano, para 3,269 bilhões de euros, impulsionadas pelos bons resultados na Europa e América do Norte.
Em contrapartida, o portfólio de base vegetal foi prejudicado por interrupções no fornecimento de ingredientes e problemas com logística. Já o segmento de Nutrição especializada viu a receita subir 4,6%, para 1,777 bilhão de euros, puxada pela demanda de produtos para adultos e também pela fórmula de leite infantil, que tem crescido na China. Enquanto isso, a Divisão de Águas da Danone teve expansão de 9,6%, para 1,112 bilhões de euros, beneficiando-se da retomada gradual das atividades econômicas, com as pessoas saindo mais de casa.
A empresa destacou que os custos elevados e falta de ingredientes importantes em sua cadeia de produção limitou o crescimento neste trimestre.
“O que começou como um aumento da inflação nos preços de materiais evoluiu para restrições generalizadas, influenciando negativamente nossa cadeia de suprimentos em muitas partes do mundo”, disse o diretor financeiro, Juergen Esser.
Segundo a empresa, as taxas de transporte, para caminhões nos Estados Unidos, e logística de abastecimento, da Ásia para os EUA e Europa, foram particularmente altas no período. “Acho que devemos assumir que isso vai continuar”, acrescenta. A Danone projeta que a inflação de materiais, logística e manufatura suba para cerca de 9% no segundo semestre do ano, ante cerca de 7% no primeiro semestre.
Para o acumulado do ano fiscal de 2021, a Danone reforçou sua projeção e disse que colocará ainda mais foco em produtividade e ações de preços para mitigar o impacto da inflação em seu desempenho.
“Esperamos retornar para um crescimento lucrativo na segunda metade do ano. Além disso, a margem operacional recorrente do ano fiscal de 2021 deve estar amplamente alinhada com a de 2020”, acrescenta a empresa.
Olhando para 2022, o diretor financeiro disse que a empresa prevê um resultado positivo e de mais crescimento, embora reconheça a permanência das incertezas no curto prazo. “Tudo isso dependerá, em grande parte, do que acontecer nas cadeias de abastecimento globais”, concluiu.
Por Sandy Oliveira, com informações da Dow Jones Newswires
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