O Índice de Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) da B3 operava em alta nesta quinta-feira (14), em meio ao clima mais otimista do mercado diante do resultado positivo do setor de serviços e da melhora de humor no exterior. O índice fechou próximo da estabilidade na quarta-feira (13), aos 2.728.
O volume de serviços prestados no País subiu 0,5% em agosto ante julho, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o setor opera atualmente em um nível 4,6% superior ao observado no período pré-pandemia. Essa melhora do setor de serviços tende a beneficiar os fundos imobiliários de tijolo, especialmente os fundos de shoppings, que buscam se recuperar das perdas acumuladas nos últimos meses.
Para Giuliano Bandoni, gestor de fundos imobiliários da Rio Bravo, os investidores devem se atentar ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) que será emitido após a reunião deste mês, prevista para os dias 26 e 27, em busca de sinais sobre a possibilidade de um ciclo de aperto monetário mais forte do que o que vem sendo precificado atualmente. Caso a inflação dê sinais de estabilização ou recuo, poderemos observar um aumento do apetite por ativos de renda variável, diante do aumento da previsibilidade da alta dos juros.
Bandoni recomenda ainda que os investidores monitorem a situação da incorporadora chinesa Evergrande e das demais companhias chinesas do setor, uma vez que uma crise imobiliária na China poderia provocar um sentimento global de aversão ao risco, impactando indiretamente o mercado imobiliário brasileiro e dificultando a recuperação do IFIX.
Destaques
O Rio Bravo Renda Educacional (RBED11), que investe em imóveis para o segmento educacional, liderava as altas do IFIX, subindo 1,71%, aos R$ 134,29. O BTG Pactual Agro Logistica (BTAL11), que aloca seus recursos em ativos logísticos e industriais voltados ao agronegócio, vinha logo em seguida, com avanço de 1,31%, sendo negociado a R$ 97,56. A terceira maior valorização era do Bluemacaw Renda+ (BLMR11), fundo de fundos, que subia 1,30%, sendo negociado a R$ 7,74.
Na outra ponta, a maior queda era do Brazil Realty (BZLI11), fundo híbrido, que caía 1,78%, sendo negociado a R$ 16,50. A segunda maior desvalorização era do Pátria Logística (PATL11), do segmento de galpões logísticos, que recuava 1% sendo cotado a R$ 69,81. Por fim, a terceira maior desvalorização era do XP Corporate Macaé (XPCM11), proprietário de um imóvel corporativo situado em Macaé, no Rio de Janeiro, que caía 0,93%, sendo negociado a R$ 24,37.
Ao fim da manhã, o IFIX subia 0,17%, aos 2.732 pontos.
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