Após o resultado do IPCA – o índice oficial de preços – de setembro, a projeção do mercado financeiro para a inflação em 2021 passou de 8,51% para 8,59%, acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC), conforme o Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, (11). Há um mês, estava em 8,00%. A projeção para o índice em 2022 foi de 4,14% para 4,17%. Quatro semanas atrás, estava em 4,03%.
Considerando apenas as 45 respostas nos últimos cinco dias úteis, a projeção para o IPCA de 2021 passou de 8,70% para 8,71%. Para 2022, também foram feitas 45 atualizações nos últimos cinco dias, com a estimativa variando de 4,12% para 4,17%.
O relatório Focus trouxe ainda a expectativa para o IPCA em 2023, que seguiu em 3,25%. No caso de 2024, a previsão permaneceu em 3,00%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,25% e 3,03%, respectivamente.
O IPCA acelerou de 0,87% em agosto para 1,16% em setembro, abaixo da mediana de 1,25% da pesquisa do Projeções Broadcast, mas dentro do intervalo de 1,02% e 1,33%. Foi a maior taxa para o mês desde 1994 (1,53%).
A projeção dos economistas para a inflação segue bem acima do teto da meta de 2021, de 5,25%. O centro da meta para o ano é de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%). Já para 2024 a meta é de 3,00%, com margem de 1,5 ponto (de 1,5% para 4,5%).
Outros meses
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA em outubro de 2021, de alta de 0,55% para 0,56%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Um mês antes, o porcentual projetado era de 0,44%.
Para novembro, a projeção no Focus foi mantida em alta de 0,40%. O relatório ainda trouxe pela primeira vez a mediana para o IPCA de dezembro, que foi mantida em 0,60%. Há um mês, os porcentuais indicavam elevações de 0,40% e 0,55%, nesta ordem.
A inflação suavizada para os próximos 12 meses passou de alta de 4,72% para 4,56% de uma semana para outra – há um mês, estava em 4,75%.
Por Lorenna Rodrigues
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