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Taxas prefixadas do Tesouro Direto recuam com varejo fraco

As taxas do Tesouro Direto acompanhavam o movimento dos juros futuros (Foto: Shutterstock)

As taxas de retorno dos títulos públicos prefixados disponíveis para compra no Tesouro Direto recuavam nesta quarta-feira (6), enquanto as taxas oferecidas pelos indexados à inflação rondavam a estabilidade.

No cenário doméstico, destaca-se o resultado das vendas do varejo, que veio abaixo do piso das estimativas, recuando 3,1% em agosto na comparação com julho. O desempenho mais fraco que o esperado abriu o caminho para o recuo dos juros futuros curtos, enquanto os médios e longos rondavam a estabilidade.

Além disso, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou queda de 0,55% em setembro, menos intensa do que a mediana das estimativas, que indicava um recuo de 0,65% no período.

No exterior, os juros dos Treasuries avançam, sinalizando a preocupação do mercado com a crise energética enfrentada pela China e pela Europa, que pode intensificar a aceleração da inflação global. O impasse acerca do aumento do teto da dívida pública nos Estados Unidos e a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deve iniciar o aperto monetário também têm impacto negativo sobre os mercados globais, incentivando a migração de capital para ativos que oferecem menos risco. Diante desse cenário, e de olho na instabilidade doméstica, o dólar se valorizava ante o real.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 recuava a 10,12%, de 10,20% na terça-feira (5). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia juros anuais de 10,44%, ante 10,49% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 4,72%, em comparação com IPCA mais 4,73% na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 subia a IPCA mais 4,96% ao ano, de IPCA mais 4,95% no último fechamento.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta quarta-feira:

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