A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, alertou que o período em que durarão as atuais pressões inflacionárias vindas de gargalos na cadeia global de suprimentos e altos preços do setor de energia ainda é motivo de incerteza, mas argumentou que a entidade monetária não deve “reagir exageradamente” a esses impulsos e usar sua política monetária para tentar freá-los.
Durante evento organizado pela Iniciativa Econômica da Região Metropolitana de Frankfurt nesta terça-feira (5), Lagarde afirmou que os instrumentos do BCE não são eficientes para lidar com os problemas na oferta que provocam as leituras de alta inflação recentes na zona do euro.
A banqueira central, no entanto, disse que o BCE ficará atento aos desenvolvimentos nos salários para “assegurar” que as expectativas inflacionárias no bloco monetário fiquem dentro da meta de 2% ao ano do BC comum.
Segundo ela, a zona do euro ainda está em recuperação da pandemia de Covid-19, à medida que a região tenta sair da crise sanitária “de forma segura”.
Lagarde disse ver positivamente o futuro econômico do bloco, argumentando que a Europa está melhor posicionada que o restante do mundo para enfrentar desafios futuros que têm tornado a economia global “menos previsível”.
Entre eles, ela destacou as mudanças climáticas, cujos impactos deverão se tornar mais comuns em breve, de acordo com Lagarde.
Neste sentido, a dirigente elogiou o fundo de investimentos para o período de 2021 a 2027 nomeado Next Generation EU, que destinará cerca de 40% de seus recursos a investimentos verdes e 20% para a digitalização da economia europeia.
Por Gabriel Caldeira
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