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Taxas do Tesouro Direto recuam apesar da turbulência nos mercados

Os juros futuros rondavam a estabilidade e o dólar disparava em comparação com o real (Foto: Shutterbug75/Pixabay)

As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto recuavam nesta segunda-feira (4), apesar do cenário político conturbado e da alta do dólar ante o real. Os juros futuros, por sua vez, rondavam a estabilidade.

O dia começa tumultuado, com a repercussão da polêmica envolvendo as “offshores” (empresas domiciliadas no exterior, em paraísos fiscais) do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. O assunto ganhou destaque na imprensa durante o fim de semana, mas tanto Guedes quanto Campos Neto afirmam que a existência das empresas foi declarada à Receita Federal.

Além disso, segue no radar a notícia da inclusão de um trecho que prevê a extensão dos subsídios para usinas à carvão e outros benefícios para setores específicos na MP da crise hídrica. De acordo com dados da Abrace (Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres), os “jabutis” incluídos na proposta custariam ao todo R$ 46,5 bilhões, valor que seria repassado para as contas de luz.

Investidores também digerem o Relatório de Mercado Focus desta semana, que elevou novamente suas projeções para a inflação em 2021, de 8,45% para 8,51%, se distanciando ainda mais do teto da meta.

No exterior, os juros dos Treasuries seguem em alta, contribuindo para a valorização da moeda norte-americana frente ao real.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 recuava a 10,11%, de 10,15% na sexta-feira (1). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia juros anuais de 10,38%, ante 10,46% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 4,60%, em comparação com IPCA mais 4,64% na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 recuava a IPCA mais 4,88% ao ano, de IPCA mais 4,93% no último fechamento.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta segunda-feira:

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