As atividades turísticas já somam um prejuízo de R$ 413,1 bilhões desde o agravamento da pandemia do novo coronavírus no País, em março de 2020, até julho deste ano, calcula a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O setor chegou a julho de 2021 com ociosidade ainda elevada, operando com aproximadamente 63% da sua capacidade mensal de geração de receitas. Apesar dos prejuízos acumulados, o setor de turismo já apresenta sinais claros de maior dinamismo, avalia o economista Fabio Bentes, responsável pelo estudo da CNC.
“As perdas mensais de receitas, por exemplo, recuaram pelo quarto mês consecutivo e tendem a se reduzir na medida em que as barreiras à circulação de turistas forem relaxadas”, escreveu Bentes, em relatório.
A CNC aumentou sua projeção de crescimento para as atividades turísticas em 2021, de uma alta de 18,2% para 19,1% no volume prestado de serviços turísticos. O segmento teve um tombo de 36,6% em 2020, afetado pela crise sanitária.
Em julho deste ano, os serviços turísticos operavam 24,6% abaixo do patamar de fevereiro de 2020, no pré-covid. Mais da metade do prejuízo até agora ficou concentrado nos estados de São Paulo (R$ 171,6 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 50,2 bilhões).
O agregado especial de Atividades turísticas cresceu 0,5% em julho ante junho, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa a terceira taxa positiva consecutiva, período em que acumulou um ganho de 42,2%, mas o segmento ainda precisa crescer 32,7% para retornar ao patamar de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. Na comparação com julho de 2020, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil teve alta de 83,0% em julho de 2021, impulsionado pela base de comparação depreciada.
Por Daniela Amorim
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