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Ásia: bolsas fecham mistas, de olho em iminente saída de Suga, China e ‘payroll’

Investidores da região também aguardam o relatório de emprego dos EUA (Foto: Divulgação)

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta sexta-feira, (3), reagindo à notícia de que o primeiro-ministro japonês deixará o cargo em breve e a dados fracos da atividade econômica chinesa. Investidores da região também aguardam o relatório de emprego dos EUA, que tem forte influência na política monetária da maior economia do mundo.

Em Tóquio, o Nikkei teve expressiva alta de 2,05% hoje, a 29.128,11 pontos, após anúncio de que o primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, não se candidatará à reeleição a líder do partido do governo, o que na prática fará com que ele deixe o posto de premiê até o final do mês. No cargo há apenas um ano, Suga enfrenta uma crescente onda de impopularidade em meio a um novo surto de casos de covid-19 no país.

Também ficaram no azul o mercado sul-coreano, com avanço de 0,79% do Kospi em Seul, a 3.201,06 pontos, e o de Taiwan, onde o Taiex se valorizou 1,14%, a 17.516,92 pontos.

Por outro lado, as bolsas chinesas e de Hong Kong tiveram desempenho negativo. Na China continental, o Xangai Composto recuou 0,43%, a 3.581,73 pontos, e o Shenzhen Composto caiu 0,55%, a 2.414,30 pontos. O Hang Seng, por sua vez, teve queda de 0,72% em Hong Kong, a 25.901,99 pontos.

Pesquisa da IHS Markit em parceria com a Caixin Media mostrou que o índice de gerentes de compras (PMI) composto da China, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 53,1 em julho para 47,2 em agosto, ficando abaixo da marca de 50 que indica contração de atividade pela primeira vez desde abril de 2020. Apenas o PMI de serviços chinês diminuiu de 54,9 para 46,7 no mesmo período.

Os números são os últimos a evidenciar a tendência de desaceleração da economia chinesa, a segunda maior do mundo.

Já na maior economia global, os EUA, o destaque desta sexta-feira é o relatório de emprego (conhecido como “payroll”) referente a agosto. O comportamento do mercado de trabalho é determinante para o futuro da política monetária americana. Nas últimas semanas, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) vem sinalizando que poderá começar a reduzir suas compras de ativos financeiros antes do fim do ano, diante de sinais de recuperação da economia.

Na Oceania, a bolsa australiana terminou o pregão em alta, favorecida por ações de mineradoras e petrolíferas. O S&P/ASX 200 avançou 0,50% em Sydney, a 7.522,90 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires).

Por Sergio Caldas

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