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Taxas do Tesouro Direto sobem com risco fiscal, juros e PIB abaixo das estimativas

Assim como na curva de juros, a alta era mais intensa nos títulos com vencimentos mais longos (Foto: Shutterbug75/Pixabay)

As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto subiam nesta quarta-feira (1), ainda de olho no risco fiscal e após o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do segundo trimestre vir abaixo das estimativas do mercado.

Investidores seguem preocupados com a saúde das contas públicas brasileiras após a entrega do Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) ao Congresso Nacional, e essa preocupação se reflete na curva de juros, fazendo com que os juros futuros longos subam, enquanto os mais curtos rondam a estabilidade. O PIB brasileiro recuou 0,1% em comparação com o primeiro trimestre, abaixo da mediana das estimativas, que apontava crescimento de 0,2%. Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou a 0,71% em agosto, após alta de 0,92% em julho.

O dólar, por sua vez, oscila, exibindo viés de alta. Pesa sobre a taxa de câmbio, além da preocupação com a situação política do Brasil, o resultado da criação de postos de trabalho do setor privado nos Estados Unidos, que veio significativamente abaixo das estimativas. O país gerou 374 mil vagas no setor privado durante o mês de agosto, enquanto a expectativa era de criação de 660 mil vagas. O resultado corrobora a visão do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, de que os Estados Unidos ainda estão longe de alcançar o pleno emprego.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 subia a 9,55% ao ano, de 9,50% na terça-feira (31). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia juros anuais de 9,91%, ante 9,84% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 4,44%, ante taxa de IPCA mais 4,41% observada na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 subia a IPCA mais 4,67%, de IPCA mais 4,63% no último fechamento.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta quarta-feira:

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