A projeção do mercado financeiro para a inflação em 2021 se distanciou ainda mais do teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC). Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA – o índice oficial de preços – este ano pela 20ª vez seguida, conforme o Relatório de Mercado Focus, de alta de 7,05% para 7,11%. Há um mês, estava em 6,56%. A projeção para o índice em 2022 subiu pela quinta semana consecutiva, agora de 3,90% para 3,93%. Quatro semanas atrás, estava em 3,80%.
O relatório Focus trouxe ainda nesta segunda-feira a projeção para o IPCA em 2023, que seguiu em 3,25%. No caso de 2024, a expectativa continuou em 3,00%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,25% e 3,00%, respectivamente.
A projeção dos economistas para a inflação segue bem acima do teto da meta de 2021, de 5,25%. O centro da meta para o ano é de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%). Já para 2024 a meta é de 3,00%, com margem de 1,5 ponto (de 1,5% para 4,5%).
Últimos 5 dias úteis
A projeção mediana para o IPCA de 2021 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis avançou de 7,12% para 7,18%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Houve 58 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 6,67%. No caso de 2022, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis passou de 3,87% para 3,92%. Há um mês, estava em 3,80%. A atualização no Focus foi feita por 58 instituições.
Outros meses
Os economistas do mercado financeiro elevaram a previsão para o IPCA em agosto de 2021, de alta de 0,50% para 0,54%. Um mês antes, o porcentual projetado era de 0,38%.
Para setembro, a projeção no Focus foi de alta de 0,43% para 0,45% e, para outubro, foi de alta de 0,36% para 0,37%. Há um mês, os porcentuais indicavam elevações de 0,32% e 0,33%, nesta ordem.
A inflação suavizada para os próximos 12 meses, por sua vez, cedeu levemente, de alta de 4,41% para 4,39% de uma semana para outra – há um mês, estava em 4,44%.
Por Thaís Barcellos
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