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Taxas do Tesouro Direto caem apesar de preocupação fiscal e exterior negativo

O exterior negativo e a incerteza com a situação fiscal do País, entretanto, limitam a queda (Foto: Shutterstock)

As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto recuavam nesta sexta-feira (20), contrariando a subida do dólar ante o real e o viés de alta das taxas de juros.

No cenário doméstico, pesam o temor com a delicada situação fiscal do País e a crise institucional protagonizada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A PEC dos Precatórios segue sendo o centro das atenções no âmbito fiscal, após o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmar que não será possível pagar os salários dos servidores públicos federais caso o parcelamento da dívida de R$ 89,1 bilhões não seja aprovado.

Além disso, em resposta à abertura do inquérito das fake news, que vem atingindo apoiadores do presidente, Bolsonaro entrou com uma ação para impedir que o STF abra investigações sem que elas passem pelo Ministério Público Federal, após indicar que pediria a abertura de processos de impeachment contra os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

No exterior, a queda no preço do petróleo e o receio com a retirada dos estímulos monetários pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) contribuem para que o dólar se valorize frente o real e demais moedas emergentes.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 se mantinha em 9,71%, assim como na quinta-feira (19). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia juros anuais de 10,09%, ante 10,19% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 4,71%, ante IPCA mais 4,78% na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 recuava a IPCA mais 4,88% ao ano, de IPCA mais 4,91% no último fechamento.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta sexta-feira:

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