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Bolsas em NY fecham mistas, com alta das ações de tecnologia e cautela pós-Fed

As bolsas de NY fecharam mistas nesta quinta-feira (Foto: skeeze/Pixabay)

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único nesta quinta-feira, após um pregão volátil. Os mercados internacionais foram marcados pela cautela, com as bolsas asiáticas e europeias tendo fechado em território negativo. Os investidores ainda absorviam a ata da reunião de política monetária mais recente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), divulgada na quarta-feira. Além disso, nos Estados Unidos, um dado sinalizou melhora no mercado de trabalho.

No fechamento, o Dow Jones recuou 0,19%, a 34.894,12 pontos, o S&P 500 subiu 0,13%, a 4.405,80 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,11%, a 14.541,79 pontos.

A ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) reforçou que o debate sobre tapering está em andamento, mas os dirigentes se dividem entre iniciá-lo em 2021 ou 2022. Analistas avaliam que o anúncio deve ocorrer ainda neste ano. Apesar de a ata não trazer muitas novidades, “ainda assim, os investidores reagiram negativamente às projeções sobre o aperto monetária dos EUA em meio ao enfraquecimento do impulso macro global, com o sentimento de risco enfraquecido com as vendas no mercado acionário”, observa o Danske Bank.

Os dirigentes do Fed também pontuaram que a cepa delta do coronavírus, assim como outras variantes, reforçam a incerteza econômica global.

Após abrirem em queda, o S&P 500 e o Nasdaq oscilaram ao longo do dia até se firmarem no positivo. A alta foi garantida, especialmente, pela importância das ações de tecnologia em ambos os índices.

A Microsoft anunciou nesta quinta que irá elevar o preço de seu pacote Office 365. O primeiro aumento “substantivo” dele ao longo desses dez anos, segundo a companhia, que avançou 2,08% nesta sessão. A Netflix teve alta de 4,18% e a Alphabet, controladora da Google, subiu 0,17%.

Os papéis da Nvidia avançaram 3,98%, após a companhia informar lucro e receita acima da expectativa de analistas.

Na contramão, porém, o setor de energia registrou o maior recuo, com Chevron (-2,49%) e ExxonMobil (-3,05%) impactadas pelas piora no petróleo. Os bancos, como Goldman Sachs (-1,31%) e CitiGroup (-1,80%), e empresas de materiais, como Caterpillar (-2,55%), também caíram.

Na agenda de indicadores, o número de pedidos de auxílio-desemprego caiu a 348 mil nos EUA, na semana encerrada em 14 de agosto, recuo maior do que o previsto por analistas. Para Oxford Economics, o resultado demonstra como o mercado de trabalho americano está melhorando no mês de agosto, embora a variante delta da covid-19 siga como risco.

Apesar de comemorar o resultado, Joe Biden caracterizou a recuperação econômica como “longe de estar completa”. Seu governo defende que o auxílio-desemprego, previsto para terminar em 6 de setembro, seja estendido em alguns Estados que ainda enfrentam mais dificuldades no mercado de trabalho.

Por Ilana Cardial

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