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Taxas do Tesouro Direto rondam a estabilidade com cautela global e risco fiscal

A agenda esvaziada no cenário doméstico e o exterior ameno mantêm as taxas próximas da estabilidade (Foto: Shutterstock)

As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto rondavam a estabilidade nesta quarta-feira (18), exibindo viés de queda em meio à cautela global e à preocupação com as contas públicas brasileiras.

Os títulos do Tesouro eram influenciados pelo movimento das taxas de juros, que operavam estáveis em meio à agenda fraca no cenário doméstico, de olho na situação fiscal do País e refletindo o clima de incerteza trazido pela política com as discussões em torno de aumento dos gastos com programas sociais e campanhas políticas. A situação se agrava após mais um adiamento da votação da proposta de reforma do imposto de renda (IR).

O relator da proposta, deputado Celso Sabino (PSDB), disse que o adiamento da votação dará mais tempo para que os líderes da Câmara compreendam o texto, e complementou informando que os parlamentares haviam conseguido reduzir o IRPJ base em 8,5 p.p. e a CSLL em 1,5 p.p. e manter a isenção de cobrança de impostos sobre dividendos distribuídos para os sócios de micro e pequenas empresas (MPEs).

No exterior, investidores aguardam a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), prevista para as 15h00 (horário de Brasília), e monitoram os índices de inflação do Reino Unido e da zona do euro. A disseminação da variante delta do coronavírus segue sendo acompanhada, e a desaceleração do ritmo da vacinação em diversas partes do globo traz incertezas para a retomada plena da economia. O dólar oscilava ante o real.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 recuava a 9,57% ao ano, de 9,59% na terça-feira (17). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia juros anuais de 9,97%, ante 9,99% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 4,53%, ante taxa de IPCA mais 4,54% observada na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 recuava a IPCA mais 4,77% ao ano, em comparação com IPCA mais 4,79% no último fechamento.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta quarta-feira:

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