O prejuízo de R$ 206,9 milhões registrado pelo ressegurador IRB Brasil RE (IRBR3) no segundo trimestre de 2021 decepcionou analistas e investidores, evidenciando que, apesar dos esforços da nova administração para reestruturar a companhia, o futuro ainda é incerto e a recuperação deve ser lenta e gradual.
Os resultados trimestrais da empresa foram divulgados na terça-feira (17), contribuindo para a queda de 3,66% das ações do IRB, fechando o pregão a R$ 5,26, em dia de mau humor predominante na Bolsa.
Apesar de frustrar expectativas, o prejuízo foi 68,5% menor do que o reportado no segundo trimestre de 2020, e o balanço revela que a companhia vem buscando manter custos e despesas sob controle. Outro ponto que chama a atenção é a redução do índice de sinistralidade em 29,1% na comparação anual, para 95,7%. Mesmo com a melhora, o índice ainda é considerado alto, e a redução da sinistralidade deve ser um dos maiores desafios para a reestruturação da empresa.
Além disso, o IRB reduziu em 33,3% o saldo de suas operações no exterior na comparação com o mesmo período do ano anterior, dando continuidade à estratégia de diminuição da exposição ao mercado externo em busca de maior concentração das operações no Brasil. Os prêmios emitidos referentes a operações em território nacional corresponderam por 57% do total, ante 46% no segundo trimestre de 2020. Os destaques no período foram os segmentos vida e rural.
Recomendações
Atentas aos desafios a serem enfrentados pela nova administração da companhia e sem grandes expectativas no curto prazo, as equipes de análise dos bancos BTG Pactual (Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel), Inter (Matheus Amaral) e Safra (Luis F. Azevedo, Silvio Dória) mantêm a recomendação “neutra” para os papéis do IRB, com preços-alvo de R$ 7,20, R$ 5,80 e R$ 7,80 respectivamente.
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