A Superintendência de Seguros Privados (Susep) liberou o banco digital Cactvs, do ex-vice-presidente do IRB Brasil Re, Fernando Passos, a operar com a distribuição de apólices no Brasil no dia 28 de abril. A corretora do grupo estava impedida de atuar desde 23 de abril.
A suspensão se deu por erros no sistema. O cadastro da corretora junto à Susep foi alterado por conta de um problema no formato do envio de documentos à autarquia, segundo fontes.
A Cactvs corretora de seguros estava com cadastro ativo desde o dia 15 de junho do ano passado. No dia 23 de abril, seu status foi alterado por conta da pendência de documentos. Já no dia 28 do mesmo mês, a Susep o atualizou novamente, liberando a corretora para operar com a venda de apólices no Brasil.
O braço de seguros é um dos novos negócios de Passos, envolvido no escândalo de fraudes milionárias no IRB Brasil Re. Enquanto aguarda o desfecho de processos durante sua gestão, inclusive na esfera criminal, ele montou no fim do ano passado a Cactvs, uma espécie de banco digital voltado a microempreendedores nas regiões Norte e Nordeste.
Passos, que estava à frente da área de finanças, é visto como peça-chave no esquema de fraudes contábeis, que custaram mais de R$ 30 bilhões em valor de mercado para o IRB na Bolsa. O imbróglio do ressegurador começou com uma carta da gestora carioca Squadra e envolveu também informações falsas relacionadas à Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffett.
O caso gerou investigações internas, do Ministério Público e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), além de fiscalização especial da Susep.
Por Aline Bronzati
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