Cinco das oito atividades que integram o varejo restrito registraram quedas nas vendas em junho ante maio. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgados nesta quarta-feira, (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No agregado, o comércio varejista teve queda de 1,7% ante maio.
Entre as atividades, as maiores quedas foram verificadas nos segmentos de Tecidos, vestuário e calçados (-3,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,5%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,6%) e Combustíveis e lubrificantes (-1,2%). O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou queda de 0,5% nas vendas de junho ante maio.
Na contramão, as atividades que tiveram crescimento no volume de vendas na passagem de maio para junho foram Livros, jornais, revistas e papelaria (5,0%), Móveis e eletrodomésticos (1,6%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,4%).
Considerando, além das oito atividades investigadas no varejo restrito, os dois segmentos que integram o varejo ampliado, as vendas de Veículos, motos, partes e peças registrou queda de 0,2% sobre maio e as de Material de construção avançaram 1,9%.
Confronto interanual
Seis das oito atividades que integram o varejo restrito registraram avanços em junho de 2021 ante junho de 2020, segundo o IBGE. No agregado, o comércio varejista teve alta de 6,3% sobre junho de 2020.
Entre as atividades, os destaques de alta foram Tecidos, vestuário e calçados (61,8%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (22,6%), Livros, jornais, revistas e papelaria (17,1%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,1%) e Combustíveis e lubrificantes (11,4%). Também houve alta nas vendas do segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,3%).
Na contramão, dois setores tiveram recuo no indicador interanual: Móveis e eletrodomésticos (-5,3%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,0%).
Segundo Cristiano Santos, gerente da PMC, as quedas nas vendas dos supermercados nos últimos meses, na comparação com iguais meses de 2020, se deve à base de comparação. Diferentemente de vários outros segmentos do varejo, os supermercados e demais varejistas de alimentos registraram altas de vendas mesmo nos piores meses da crise causada pela covid-19.
Considerando, além das oito atividades investigadas no varejo restrito, os dois segmentos que integram o varejo ampliado, as vendas de Veículos e motos, partes e peças saltaram 33,1% ante junho de 2020, enquanto as de Material de construção avançaram 5,3% na mesma base de comparação. No agregado, as vendas do varejo ampliado cresceram 11,5% ante junho de 2020.
Por Vinicius Neder
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