A análise periódica de casos de covid-19 no Estado do Rio de Janeiro mostra que a variante delta do coronavírus está em circulação pelo Estado e se encaminha para se tornar a mais frequente. No Rio, a amostragem mais recente apontou que 45% dos casos analisados já eram dessa cepa. Ao todo, pelo menos 38 municípios fluminenses já registram casos dessa variante, identificada originalmente na Índia e mais transmissível. Os estudos ainda não associam, porém, a delta à maior mortalidade.
A delta tem desacelerado planos de reabertura no Brasil e no exterior. De acordo com documento dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, essa variante pode ser tão contagiosa quanto a catapora. Pesquisas também já mostraram que uma só dose da vacina AstraZeneca ou Pfizer não é suficiente contra essa cepa, mas duas conseguem dar proteção.
Os números foram apontados pelo programa de vigilância genômica e consideram 368 amostras coletadas entre junho e julho. “Dessa forma, é possível afirmar que a variante Delta está em circulação no Estado do Rio de Janeiro, com tendência de aumento e conversão para se tornar a mais frequente”, ressalta a SES.
Segundo a secretaria, a análise dos casos ocorre por amostragem. “Um dos critérios de escolha das amostras são as que têm maior carga viral, ou seja, de pacientes que podem ter maior gravidade clínica”, afirma a secretaria. O projeto Corona-Ômica-RJ é um dos maiores estudos de vigilância genômica do País e reúne diversos laboratórios especializados. Ao todo, são sequenciadas cerca de 800 amostras de todo o Estado por mês.
Por Marcio Dolzan
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