O Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 6,319 bilhões no segundo trimestre deste ano, cifra 63,2% maior que os R$ 3,873 bilhões obtidos um ano antes. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, o resultado caiu 3%.
O resultado do Bradesco foi impulsionado por maiores receitas com prestação de serviços, crescimento da margem financeira com clientes, que refletem operações que rendem spread ao banco, além de menores despesas operacionais e com calotes.
“A partir de agora já vivenciamos a perspectiva de um cenário mais próximo ao do período pré-pandemia”, afirma o presidente do Bradesco, Octávio de Lazari, em nota à imprensa. “Continua sendo desafiador, porém mais tangível”, emenda o executivo, para quem “o conjunto do balanço revela qualidade e eficiência”.
A carteira de crédito expandida do banco cresceu 3% nos três meses encerrados em junho, para R$ 726,5 bilhões. Em um ano, foi 9,9% maior. Os empréstimos em atraso superior a 90 dias representaram 2,5% da carteira. O impulso para o crédito veio das pessoas físicas, com avanço de 21,0% em um ano e 5,7% no trimestre, com destaque para os segmentos de imobiliário, cartão de crédito e consignado, aquele com desconto em folha de pagamentos. Na pessoa jurídica, foram vistas elevações de 3,7% e 1,4%, nesta ordem, com o segmento de pequenas e médias empresas se sobressaindo frente aos demais.
O índice de eficiência operacional do Bradesco teve uma melhora de 2,1 ponto porcentual (p.p.) em um ano e ficou em 45,7% no segundo trimestre. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) cedeu 0,5 p.p. em comparação aos primeiros três meses do ano, para 18,2%. Uma rentabilidade 6,4 p.p. superior à verificada no segundo trimestre do ano passado.
O patrimônio líquido do Bradesco avançou 1,6% em três meses e chegou ao fim do primeiro semestre em R$ 146,5 bilhões, 8,4% maior que um ano antes. Os ativos totais somaram R$ 1,672 trilhão, com oscilação positiva de 0,6% em três meses e alta de 6,4% em 12 meses.
Por Marcelo Mota e Aline Bronzati
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