O Índice de Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) da B3 operava em alta nesta segunda-feira (19), contrariando o mau humor do mercado de ações e ignorando a alta do dólar ante o real. O índice obteve uma sequência de 5 altas consecutivas na última semana, fechando em alta de 0,9% na sexta-feira (16), aos 2.841 pontos.
Na análise de Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos, a semana não deve trazer grandes novidades para o mercado de fundos imobiliários. O IFIX segue em tom positivo após a retirada da tributação dos fundos imobiliários da proposta de reforma tributária do governo federal, mas os investidores agora voltam suas atenções para os dados de inflação no País, que podem indicar uma taxa Selic mais elevada ao fim do ano, tornando a renda fixa mais competitiva em comparação com os FIIs.
Felipe Solzki, sócio e gestor de fundos imobiliários da Galapagos Capital, destaca que estamos nos aproximando da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve trazer indícios dos próximos passos da política monetária brasileira. No Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, o Banco Central elevou as projeções para a inflação em 2021, de 6,11% para 6,31%, e também para a Selic ao final do ano, de 6,63% para 6,75%.
Ainda assim, a perspectiva de que se mantenha a isenção tributária dos fundos imobiliários torna sua remuneração bastante competitiva em comparação com as taxas oferecidas pelos títulos públicos, mesmo que as previsões do mercado financeiro se concretizem.
Destaques
O Continental Square Faria Lima (FLMA11), fundo híbrido que possui escritórios em um complexo corporativo na capital paulista, liderava as altas do IFIX, subindo 1,85%, aos R$ 137,50. O XP Industrial (XPIN11), fundo voltado ao segmento de imóveis industriais e logísticos, exibia a segunda maior alta, com valorização de 1,73%, sendo negociado a R$ 101,20. Em terceiro lugar vinha o HSI Logística (HSLG11), do segmento de imóveis logísticos, com alta de 1,56%, sendo cotado a R$ 106,64.
Na outra ponta, a maior queda era do Iridium Recebíveis Imobiliários (IRDM11), fundo de papéis, caindo 2,48% e sendo negociado a R$ 119,25. A segunda maior desvalorização era do Santander Papéis Imobiliários CDI (SADI11), fundo de Certificados de Recebíveis Imobiliários, que caía 1,15%, a R$ 84,01. Por fim, a terceira maior desvalorização era do BTG Pactual Crédito Imobiliário (BTCR11), mais um fundo de papéis, que recuava 0,86%, sendo cotado a R$ 93,76.
Ao fim da manhã, o IFIX subia 0,14%, aos 2.845 pontos.
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