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Petróleo tropeça pelo 2º dia consecutivo com inércia da Opep e temores com variante delta

A retomada do dólar, a moeda na qual o petróleo é negociado, também pressionou os preços (Foto: Divulgação)

Por Barani Krishnan

Investing.com – Receios sobre o que a Opep+ fará para a produção de agosto e o provável impacto da variante delta da Covid nos próximos meses causaram uma forte derrubada nos preços do petróleo pelo segundo dia consecutivo nesta quinta-feira.

A retomada do dólar, a moeda na qual o petróleo é negociado, também pressionou os preços.

O petróleo WTI, negociado em Nova York, fechou em baixa de US$ 1,48, ou 2%, a US$ 71,65 por barril. O WTI tinha recuado 2,8% no pregão anterior.

O Brent, cotado em Londres e referência mundial de preço, caiu US$ 1,29, ou 1,7%, fechando o pregão a US$ 73,47. O Brent recuou 2,3% na quarta-feira.

Pelo lado da Opep, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos pareciam estar chegando a um acordo sobre a produção de agosto. Mas o acordo ainda precisa de ser ratificado pela Opep+, aliança expandida de 23 nações que agrupa os 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, liderada pelos sauditas, e 10 diferentes produtores liderados pela Rússia.

O Goldman Sachs Group Inc afirmou que um acordo anunciado pela Opep+ seria um “catalisador de otimismo”, eliminando o risco de uma potencial guerra de preços entre os sauditas e os Emirados Árabes Unidos. Mesmo assim, o acordo poderia representar um aumento significativo na produção da aliança, com relatos na quarta-feira que mesmo os iraquianos estavam em busca de uma aumento maior, assim como os EAU.

Paralelamente, a Opep publicou a sua primeira análise detalhada de 2022, em que prevê que a demanda global por petróleo irá se recuperar de maneira contínua até ultrapassar os níveis pré-pandêmicos no segundo semestre do ano que vem. No entanto, ela também apontou uma calmaria no primeiro trimestre.

No front da Covid, as taxas de vacinação estão em queda e os casos vêm aumentando, impulsionados pela variante delta, mais transmissível — e um especialista afirma que a chave para vencer a corrida contra a propagação é ter mais americanos vacinados.

“Estamos perdendo tempo aqui. A variante delta está se espalhando, as pessoas estão morrendo, não podemos só esperar que as coisas fiquem mais racionais”, Francis Collins, diretor dos Institutos Nacionais de Saúde, disse à CNN na quarta-feira.

As vacinas estão disponíveis para a maioria dos americanos há meses, mas apenas 48,2% do país está totalmente vacinado, de acordo com o Centro para o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA — e a taxa de novas vacinações está em declínio.

Entretanto, as taxas de casos têm aumentando dramaticamente. Em 47 estados, a taxa de novos casos na semana passada é pelo menos 10% maior que na semana anterior, de acordo com dados da Johns Hopkins University. Destes, 35 viram aumentos de mais de 50%.

Matéria originalmente publicada em Investing.com