O Magazine Luiza confirmou nesta quinta-feira, (15), a realização de uma oferta subsequente de ações (“follow-on”), que deve emitir 150 milhões de novas ações. Considerando o preço do fechamento de quarta-feira, 14, (R$ 22,93), a emissão somaria cerca de R$ 3,439 bilhões. A oferta poderá ser acrescida em até 33% do total de ações inicialmente ofertado, ou seja, em até 50 milhões de ações. Com isso, a oferta pode girar até R$ 4,586 bilhões.
A nova captação em bolsa é liderada pelo Itaú e pelo BTG Pactual – que foi quem assessorou o Magazine Luiza na compra do Kabum! – e conta ainda com J.P. Morgan, Merril Lynch (Bank of America), UBS BB (Banco do Brasil), Bradesco BBI, Goldman Sachs, Morgan Stanley, Santander e XP. Com exceção da XP, todos os demais bancos participantes foram adiantados pelo Broadcast.
Os recursos captados com as 150 milhões de ações terão como destino a expansão do Magalu em novos mercados, investimentos em logística, abertura de novos centros e hubs de distribuição e o pagamento de aquisições estratégicas como a própria compra anunciada hoje. Outro exemplo de investimento é a Hub Fintech, a compra realizada em dezembro de 2020 por R$ 290 milhões foi concluída recentemente, após aprovação pelo Cade e Banco Central. Apesar de já ter pego a operação, a companhia precisa fazer aportes no negócio.
O encerramento do procedimento de bookbuilding será no dia 22 de julho, juntamente com a precificação da ação. O início das negociações na B3 ocorrerá no dia 26 de julho.
Projeções operacionais
O Magazine Luiza divulgou projeções operacionais para os anos de 2021, 2022 e 2023. Conforme os indicadores de estrutura logística divulgados, a previsão da varejista é encerrar dezembro deste ano com 26 centros de distribuição, 30 em 2022 e 33 em 2023. Para unidades de cross-docking, as projeções são de 199, 350 e 417, respectivamente. Já o número de lojas deve fechar 2021 com 1.440, depois 1.560 em 2022 e 1.680 em 2023. O total de unidades logísticas é de 225, 380 e 450 para cada ano. A área total de armazenagem está prevista em 1,180 milhão de metros quadrados, 1,630 milhão e 2 milhões de m2, respectivamente.
“Dada a sua operação multicanal, ou seja, lojas e e-commerce totalmente integrados, a área total de armazenagem inclui também a parte da área das lojas que é destinada para o manuseio e estoque de mercadorias”, diz o fato relevante. As projeções são válidas até 31 de dezembro de 2023 e dependem de condições de mercado e demanda, entre outras variáveis.
Por Talita Nascimento e Luana Pavani
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