Os ferroviários de São Paulo estão em greve desde a 0h desta quinta-feira, (15). De acordo com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), estão sendo afetadas nesta manhã as linhas 7-Rubi, 8-Diamante, 9-Esmeralda e 10-Turquesa. Já as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade operam normalmente. O anúncio foi feito pelo sindicato da categoria na noite anterior.
Os trens da linha 8-Diamante estão circulando entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Barueri. A linha 7-Rubi está fazendo o percurso entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Caieiras. Já as linhas 10-Turquesa e 9-Esmeralda estão totalmente paradas. Não há previsão para o fim da greve.
Pelo Twitter, a CPTM informou a usuários que o Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) não será acionado. O sistema oferece alternativas de transporte a passageiros quando há interrupção no funcionamento de linhas de ônibus, metrô ou trem. “Não há previsão de Paese em casos de greve”, escreveu a companhia na rede social. Durante a greve dos metroviários de São Paulo, há cerca de dois meses, o sistema foi acionado.
O Sindicato alega que tenta negociar desde março com a CPTM, que propôs um reajuste salarial de 0% para este ano de 2021 e se mostrou “intransigente” durante reunião na tarde desta quarta, no Tribunal Regional do Trabalho. Eluiz Alves de Matos, presidente do Sindicato, afirma ainda que a empresa não cumpriu um acordo prévio de pagamento da multa do Programa de Participação de Resultados. As parcelas estavam previstas para março e junho deste ano.
“Trabalhamos em toda a pandemia, perdemos vários companheiros para a covid-19, e estamos sem reajuste desde o ano passado. Aguardamos que o governo do Estado se sensibilize e minimamente atenda às nossas demandas”, diz Matos.
A decisão pela greve foi tomada durante assembleia no último dia 6 e uma nova reunião da categoria está marcada para a tarde desta quinta-feira. Além do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, também aderiram à paralisação o Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana e o Sindicatos dos Engenheiros de São Paulo.
Em nota publicada em suas redes sociais, a CPTM diz lamentar a greve e afirma que tem uma decisão da Justiça do Trabalho que obriga a manutenção de 80% dos profissionais da categoria durante os horários de pico e 60% nas demais horas, sob pena de R$ 100 mil por hora. “A empresa também irá operar com um plano de contingência para atender a todos que precisam do transporte, principalmente aos que trabalham em serviços essenciais”, diz o texto.
Por João Ker e Mariana Hallal
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