O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou nesta quarta-feira, (14), que a política econômica tem “norte claro”, de consolidação fiscal e aumento da produtividade. Sachsida fez ainda um histórico de realizações do atual governo e agradeceu o apoio do Congresso na aprovação de projetos como o da Reforma da Previdência.
“Infelizmente, com o advento da pandemia vimos uma piora das expectativas (em 2020)”, disse. O secretário pontuou ainda que, enquanto alguns analistas previam queda de até 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, o ministério manteve a previsão de baixa inferior a 5%, o que se confirmou.
“Retomada econômica já nos coloca em patamares pré-crise, o famoso V citado pelo ministro Paulo Guedes“, disse Sachsida, em referência às projeções para o ano de 2021. “Consolidação fiscal está no melhor interesse da população, especialmente dos mais pobres”, disse.
O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia também afirmou há pouco que é preciso “aproveitar” o bom momento da economia para dar continuidade às reformas. Sachsida participa hoje da divulgação dos novos parâmetros macroeconômicos do Ministério da Economia.
Apesar de o Ministério da Economia ter previsto pela primeira vez o estouro da meta de inflação neste ano, Sachsida, disse que as política fiscal e monetária seguem “trabalhando juntas”. Em entrevista coletiva virtual, Sachsida ressaltou que as projeções da secretaria para o aumento de preços considera uma trajetória de queda até o fim do ano. “A Inflação está em elevação em todos os lugares do mundo”, completou.
Mais cedo, o Ministério da Economia revisou para cima sua projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta de preços neste ano passou de 5,05% para 5,90%, acima do teto da meta de inflação deste ano, que é de 5,25%. Para 2022, a projeção foi mantida em 3,50%.
Relatório de despesas receitas
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Bruno Funchal, afirmou que a nova projeção do Produto Interno Bruto (PIB), de 5,30% para 2021, é resultado de “uma série de eventos que vinham sendo percebidos”. “O mercado já vinha percebendo isso” afirmou. Entre os eventos, ele citou as reformas econômicas promovidas pelo governo de Jair Bolsonaro. “As projeções da SPE (Secretaria de Política Econômica) de hoje vão impactar no Relatório de Despesas e Receitas da semana que vem”, disse Funchal.
Bruno Funchal também disse que o governo enxerga que a proposta de reforma para o Imposto de Renda vai na direção de redução da carga tributária. “Só conseguimos começar a discutir redução de carga por reorganização fiscal. É uma consequência do processo de consolidação fiscal”, afirmou. “Estamos diligentes em relação à magnitude da redução de carga”, acrescentou.
O secretário pontuou ainda que o relatório para a reforma do IR é “preliminar” e está sendo estudado pelo Ministério da Economia. Funchal também participa da divulgação dos novos parâmetros macroeconômicos do Ministério da Economia.
Por Fabrício de Castro e Lorenna Rodrigues
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