O mês de junho teve a maior alta no preço médio nas vendas de imóveis residenciais desde de agosto de 2014, de 0,57%, quando o crescimento médio mensal ficou em 0,68%. Nos meses anteriores, conforme o Índice FipeZap, o porcentual ficou em 0,48%, em maio, e 0,30%, em abril. A pesquisa é realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base nos anúncios de imóveis em 50 cidades.
O índice mostrou que Manaus teve a maior elevação (2,14%) no preço médio do último mês, seguido de Vitória (1,60%), Brasília (1,49%), Curitiba (1,47%), Goiânia (1,40%), Florianópolis (1,26%), Maceió (0,81%), Fortaleza (0,72%) e Porto Alegre (0,64%). Das 16 capitais monitoradas, 15 apresentaram crescimento. São Paulo apresentou ganho de 0,40%, superando a variação no Rio de Janeiro (0,15%). Campo Grande foi a única exceção, onde a variação registrada foi de queda de 0,94%.
O balanço parcial do primeiro semestre de 2021 aponta ainda para alta nominal de 2,17% no período. O índice é inferior à inflação de 3,82%, registrada neste intervalo de tempo, conforme o comportamento observado e esperado pelo IPCA/IBGE. A informação foi publicada no Boletim Focus do Banco Central do Brasil nesta segunda-feira (5).
Se considerados os últimos 12 meses, o avanço nominal foi de 4,76%. Por outro lado, houve queda de 3,36% em termos reais, se comparado com a inflação acumulada (+8,40%). Neste balanço parcial do último ano, todas as 16 capitais monitoradas apresentaram crescimento no preço médio.
Em relação ao preço médio de venda residencial, o Rio de Janeiro liderou o preço mais caro entre as capitais brasileiras, no último mês: R$ 9.545/m2. seguida por São Paulo (R$ 9.529/m2) e Brasília (R$ 8.336/m2). Entre as 16 monitoradas com menor valor médio de venda residencial, incluem-se: Campo Grande (R$ 4.327/m2), João Pessoa (R$ 4.692/m2) e Goiânia (R$ 4.721/m2). No geral, o custo médio das 50 cidades monitoradas pela FipeZap foi calculado em R$ 7.655/m2.
O levantamento destaca as altas acumuladas em 12 meses em Maceió (+14,27%), Vitória (+13,30%), Manaus (+13,29%), Curitiba (+11,08%), Brasília (+10,48%), Florianópolis (+9,47%), Goiânia (+9,22%) e João Pessoa (+8,89%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, por sua vez, os resultados acumulados foram de aumento de 4,41% e 2,29%, respectivamente.
Por Ítalo Cosme, especial para o Estadão
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