Os níveis de atividade e emprego da indústria da construção continuaram em queda em maio. É o que mostra a Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta sexta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar do ritmo ainda fraco de atividade, o otimismo dos empresários do setor aumentou em junho.
O índice de evolução do nível de atividade da Indústria da Construção foi de 48,4 pontos em maio. Como está abaixo da linha divisória dos 50 pontos (o indicador varia de zero a 100), mostra queda na atividade em relação ao mês anterior, mas em ritmo menor que o registrado em abril, quando o índice foi de 46,5 pontos. Segundo a CNI, esse foi o sexto mês consecutivo de retração das atividades no setor. O índice de evolução do emprego ficou em 48,2 pontos, também indicando retração em relação ao mês anterior.
A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) ficou estável, em 63%. Em maio do ano passado, quando o setor sentia os efeitos da crise econômica causada pela pandemia da covid-19, a UCO chegou a 53%.
Confiança
O levantamento mostra que, apesar do ritmo ainda fraco da atividade, o índice de confiança do empresário da construção cresceu 2,9 pontos em junho, para 58,9 pontos, sinalizando que está mais forte e disseminado no setor. Segundo a CNI, esse é o segundo avanço consecutivo no indicador.
Esse avanço da confiança do setor da construção ocorreu principalmente por uma melhora da percepção dos empresários com relação às condições atuais das empresas e da economia brasileira. De acordo com a Sondagem, o índice que mede a confiança em relação às condições atuais passou de 47,1 pontos para 50,9 pontos. “Ao ultrapassar a linha divisória dos 50 pontos, o indicador mostra a transição de uma percepção negativa para uma percepção positiva”, diz o documento da CNI. O indicador varia de zero a 100, sendo que valores acima dos 50 pontos revelam otimismo.
A Sondagem mostra ainda que todos os índices de expectativa dos empresários da Construção tiveram alta em junho. “Ao se afastarem da linha dos 50 pontos, sinalizam maior disseminação do otimismo de que, no segundo semestre de 2021, irão aumentar os níveis de atividade e de novos empreendimentos, assim como a compra de insumos e o número de empregados do setor”, destaca a pesquisa.
Apesar da melhora na confiança, a intenção de investir da indústria da construção ficou estável entre maio e junho. O índice variou -0,2 ponto, ficando em 41,6 pontos.
Para a Sondagem, foram ouvidas 462 empresas, sendo 179 pequeno porte, 188 médio porte e 95 de grande porte. A pesquisa foi feita entre os dia s1º e 14 de junho.
Por Sandra Manfrini
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