A diretoria colegiada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou nesta quinta-feira a revisão do Plano de Desenvolvimento (PD) do campo de Frade, operado pela PetroRio, assim como o pedido da empresa para voltar a praticar injeção de água em poços do campo para aumentar sua produtividade.
Contudo, a troca de nome do campo, também solicitada pela petroleira, que detém 100% do ativo, foi negada.
O campo de Frade fica na bacia de Campos e foi responsável por dois incidentes com vazamento de óleo, em 2012 e 2016, pela super pressurização dos reservatórios. Na época, Frade pertencia à Chevron, que vendeu sua participação de 51,7% à PetroRio em 2019, que já tinha comprado em 2018 a parte da Japan Petroleum (18,3%), quando entrou no ativo.
Após os incidentes, as injeções de água nos poços foi suspensa, mas poderão ser retomadas agora pelos novos donos.
Quanto à mudança de nome, a relatora do processo, diretora Simone Araújo, afirmou que o nome é escolhido pelo operador quando da declaração de comercialidade. Ela lembrou que quando uma área é declarada comercial, a empresa deve escolher prefencialmente os nomes utilizando nomes de aves brasileiras, quando se tratar de descobertas em terra, e nomes ligados à fauna marinha, quando se tratar de descobertas no mar.
Em seu voto, o diretor substituto, Rafael Moura, ressaltou que a mudança de nome “traria transtornos à administração pública e até na publicidade dos dados de produção desses campos”, avaliou.
Em setembro, porém, obedecendo uma ordem judicial, a ANP permitiu a troca de nome do campo de Lula para Tupi.
O argumento da ação é de que o nome favorecia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Por Denise Luna
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